O presidente Lula participou da inauguração do Centro de Tecnologia e Inovação Agroindustrial da empresa Acelen Renováveis, conhecido como Acelen Agripark, em Montes Claros (MG), nesta sexta-feira (29). O espaço reúne pesquisa, inovação e tecnologia para o desenvolvimento da macaúba, matéria-prima utilizada na produção do Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e do Diesel Verde (HVO).
Os investimentos em transição ecológica integram o Novo PAC e chegam a R$ 314 milhões. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou R$ 258 milhões.
O complexo industrial sustentável faz parte do projeto de biocombustíveis da Acelen Renováveis: são US$ 3 bilhões de aportes iniciais para erguer a primeira planta integrada, além de uma biorrefinaria na Bahia, entre outras infraestruturas.
A expectativa é de que seja produzido, por ano, 1 bilhão de litros de SAF a partir de 2028. De acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), toda a cadeia produtiva viabilizará 85 mil novas vagas de emprego.
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Alinhada às prioridades climáticas do país, o projeto consta na lista do Programa País do Brasil junto ao Fundo Verde do Clima, conforme anunciado pelo Ministério da Fazenda em 31 de julho de 2025.
Em Montes Claros, Lula esteve acompanhado de aliados e de ministros de Estado, entre eles, o da Casa Civil, Rui Costa, e o de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em discurso a trabalhadoras e trabalhadores da Acelen, o presidente elogiou o potencial energético nacional. “A gente está mostrando para o mundo que não tem volta. O Brasil será o campeão mundial nessa transição energética e combustível renovável”, comemorou.
“E não se preocupe nenhum ambientalista que a gente não vai derrubar floresta para plantar macaúba. Nós temos mais de 40 milhões de hectares de terras degradadas, que a gente pode recuperar, produzindo outras coisas que não aquilo que a gente já planta”, prosseguiu o petista, ao observar a capacidade de plantio da empresa.
Chegamos a Montes Claros para a Inauguração do Centro de Tecnologia e Inovação Agroindustrial da Acelen Agripark.
Pesquisa, inovação e tecnologia para o desenvolvimento da macaúba, matéria-prima na produção do Combustível Sustentável de Aviação e Diesel Verde. https://t.co/zhVIG9KDoO
— Lula (@LulaOficial) August 29, 2025
Lei do combustível do futuro
A Lei do Combustível do Futuro (14.993/24) é decisiva para estruturar o mercado de Combustível Sustentável de Aviação no Brasil ao estabelecer metas obrigatórias de redução das emissões do setor aéreo a partir de 2027 e criar previsibilidade para novos investimentos.
A legislação impulsiona a atração de capital privado e o desenvolvimento de tecnologias a partir de diferentes matérias-primas, como soja, palma, macaúba e etanol, posicionando o Brasil como protagonista na transição energética da aviação. Os biocombustíveis, como o SAF, detêm potencial de redução de até 80% das emissões de CO2.
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O trabalho no Acelen Agripark será orientado pelo mapeamento de maciços com maior potencial de produção de óleo, formando o banco de germoplasma para seleção das melhores plantas, clonagem e melhoramento genético.
O centro em Montes Claros atuará no desenvolvimento de processos para ganhos de eficiência e produtividade, incluindo protocolos de germinação, produção de mudas, automação para redução de perdas e custos, cultivos experimentais voltados à adaptação da espécie e aumento do rendimento do óleo.
A construção de planta piloto e de unidades para extração, caracterização e processamento de óleo e coprodutos começam a apresentar resultados: no início deste ano, a equipe agroindustrial da Acelen Renováveis realizou a primeira extração industrial de óleo de macaúba.
Uma planta brasileira
A macaúba é uma planta brasileira de alto poder energético, de sete a dez vezes mais produtiva por hectare plantado em comparação à soja. O Brasil é o país do mundo onde cultivo dela é mais barato.
Em maio deste ano, a Acelen Renováveis iniciou o plantio das mudas de macaúba na fazenda-modelo, situada no município de Cachoeira, na Bahia. Durante a primeira etapa, foram 198 hectares cultivados e cerca de 90 mil mudas plantadas.
Da Redação, com informações do site do Planalto
