O presidente norte-americano Donald Trump estendeu a sua agenda pró-combustíveis fósseis para o cenário internacional.
Segundo o The New York Times, os republicanos no Congresso norte-americano chegaram a eliminar incentivos federais para a produção de veículos elétricos e transição para as fontes eólica e solar.
Além de comprometer a transição para energia limpa nos Estados Unidos, o republicano passou a pressionar com tarifas, impostos e ameaças que outros países afrouxem seus compromissos ambientais e aumentem o uso de petróleo, gás e carvão.
Trump mostra-se especialmente contrário ao setor eólico, consolidado e atualmente em expansão na Europa, na China e no Brasil.
“Estou tentando fazer com que aprendam sobre o vento rapidinho, e acho que me saí bem, mas não suficientemente, pois alguns países ainda insistem”, disse Trump em reunião ministerial na última terça-feira.
Além de afirmar que está “educando outras nações”, Trump afirmou que esses países estariam “se destruindo” com a energia eólica e declarou: “Espero que voltem aos fósseis”.
Um exemplo dessas ameaças foi visto há duas semanas, quando o governo Trump anunciou sanções (incluindo tarifas, restrições de visto e taxas portuárias) contra países que fossem favoráveis a um acordo global para a redução de emissões de gases do efeito estufa no setor de transporte marítimo.
Condição semelhante foi imposta por Trump no acordo comercial fechado com a União Europeia: em troca da redução de alguns impostos, o norte-americano exigiu que o bloco europeu compre US$ 750 bilhões em petróleo e gás norte-americano durante três anos.