Ao abrir reunião ministerial nesta terça-feira (26), o presidente disse que o Brasil quer sentar à mesa em igualdade de condições e não aceita desaforo e ofensas

Na abertura da segunda reunião ministerial do ano, nesta terça-feira (26/8), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo brasileiro segue à disposição para sentar à mesa em igualdade de condições e negociar questões comerciais. A declaração ocorre em meio à imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos para os produtos brasileiros exportados para o país.

“Alckmin, Haddad e Mauro Vieira estão 24 horas por dia à disposição para negociar com quem quer que seja, o assunto que for, sobretudo na questão comercial. Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições, o que não estamos dispostos é sermos tratados como se fôssemos subalternos. Isso não aceitamos de ninguém. É importante saber que nosso compromisso é com o povo brasileiro”, afirmou o presidente.

Lula chamou os ministros a defenderam a soberania do Brasil. “É importante que cada ministro faça questão de retratar a soberania desse país. Nós aceitamos relações cordiais com o mundo inteiro, mas não aceitamos desaforo, ofensas, petulância de ninguém. Se gostássemos de imperador, o Brasil ainda seria monarquia”, disse.

Lula ainda fez críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro afirmando que a ação do parlamentar junto ao governo dos Estados Unidos para impor sanções ao Brasil é uma das maiores traições cometidas por um brasileiro à própria pátria.

“O que está acontecendo hoje no Brasil com a família do ex-presidente [Jair Bolsonaro] e com o comportamento do filho dele nos Estados Unidos é, possivelmente, uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus”, disse.

E completou: “Um cidadão que já teria que ter sido expulso da Câmara dos Deputados insuflando com mentiras e hipocrisias um outro Estado contra o estado nacional do Brasil. Isso é inexplicável, e vamos ter que fazer disso uma batalha no campo da política, não é no campo do governo, para que a gente possa fazer com que esse País seja respeitado”.

A guerra da Ucrânia e também foi tema da fala inicial do presidente na reunião ministerial. Ele avaliou que Rússia, Ucrânia, assim como a União Europeia e o governo dos Estados Unidos já sabem que é o momento de por um ponto final à guerra. E criticou o conflito entre Israel e Hamas. “Temos a continuidade do genocídio na Faixa de Gaza, que não para, todo dia mais gente morre, crianças que estão com fome aparecem na mídia e são assassinadas como ser fossem do Hamas.”

Publicado originalmente pela Agência Gov em 26/08/2025

Por Yara Aquino

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Last Update: 26/08/2025