O senador Rogério Carvalho (PT-SE), líder do Governo no Senado em exercício, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (26/8), onde comentou a apresentação do plano de trabalho da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS.
Segundo ele, o plano aprovado terá um recorte temporal de dez anos, abrangendo gestões de diferentes governos. “Esse plano vai se concentrar no período de 2015 a 2025. Devem ser chamados todos os diretores de benefícios, independentemente do governo nesse intervalo. A abrangência do fato determinado incluirá também a questão dos consignados”, explicou.
Investigações sobre consignados e descontos indevidos
Carvalho ressaltou que o objetivo da CPMI é apurar responsabilidades e garantir transparência para a sociedade. “Creio que teremos um trabalho pautado pelo bom senso e com o objetivo de esclarecer o que aconteceu, principalmente identificando aqueles que têm responsabilidade pelos descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas do INSS”, afirmou.
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O líder do Governo em exercício destacou, ainda, que as convocações a serem feitas pela CPMI passarão por votação. “Esperamos que sejam aprovadas pessoas que possam, de fato, esclarecer o que aconteceu, aquelas sobre as quais existam indícios de responsabilidade. Isso não deve nem beneficiar, nem atrapalhar ninguém. É necessário para que possamos esclarecer os fatos e dar à opinião pública a oportunidade de conhecer quem, de fato, causou prejuízos aos aposentados e pensionistas”, defendeu.
Governo Lula já ressarciu 80% das vítimas
Durante a entrevista, Carvalho lembrou que o governo do presidente Lula já tomou medidas concretas para reparar os danos causados pelas fraudes. “É importante ressaltar que o governo já ressarciu quase 80% dos aposentados e pensionistas prejudicados por esses descontos indevidos, e esse processo continua em andamento”, reforçou.
E, ao ser questionado, sobre a indicação do deputado Duarte como vice-presidente da comissão, o senador Rogério frisou que “o governo propôs o nome do Duarte, e a oposição acatou”. “Portanto, isso abre espaço para o diálogo, para a conversa e para um trabalho mais fluido da CPMI”, avaliou.
“Os trabalhos da CPMI devem avançar com responsabilidade, equilíbrio e transparência, e a apuração deve resultar em respostas concretas à população e em medidas de proteção aos aposentados e pensionistas contra novos golpes, concluiu.
Do site do PT no Senado