O Itamaraty ignorou a indicação de um novo diplomata de Israel para assumir a embaixada em Brasília, fazendo Tel Aviv anunciar o “rebaixamento” das relações com o Brasil.
Gali Dagan foi escolhido embaixador em janeiro para o posto de embaixador. O governo do Brasil, no entanto, não fez a concessão de uma chamada de “agrément”, necessária para o início das atividades do futuro embaixador. Em vez de recusar o pedido, o Itamaraty deixou-o em análise — ato visto na comunidade internacional como uma forma de desrespeito ao aplicante.
Por causa disso, Israel retirou a indicação de Dagan e acrescentou que não vai submeter um novo nome ao Itamaraty, declarando que as relações diplomáticas com o Brasil serão conduzidas “em um patamar inferior”.
O assessor da Presidência e ex-chanceler Celso Amorim afirmou que a decisão do Brasil é uma resposta ao tratamento recebido por Lula em Israel. O presidente se transformou em “persona non grata” no país em 2024.
Além disso, Amorim falou sobre a ofensiva israelense em Gaza: “Digo e repito: nós queremos ter uma boa relação com Israel. Mas não podemos aceitar um genocídio, que é o que está acontecendo. É uma coisa absurda o que está acontecendo lá. Nós não somos contra Israel. Somos contra o que o governo Netanyahu está fazendo, que é uma barbaridade.”