Eduardo Bolsonaro e Steve Bannon. Foto: Reprodução

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a causar polêmica internacional ao participar de uma live com Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump e hoje apontado como um dos principais agitadores da extrema-direita global. Durante a transmissão, o deputado brasileiro não apenas agradeceu a Trump pelas tarifas de 50% impostas contra exportações nacionais, como também o chamou de “o maior líder de todos os tempos na história da humanidade”.

As palavras de Eduardo foram ditas em inglês, em um tom de reverência ao republicano, enquanto Bannon, acusado de manipular campanhas e espalhar desinformação, reforçava ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes. A cena expôs de forma crua o alinhamento do clã Bolsonaro com figuras estrangeiras que atuam contra instituições brasileiras.

O tarifaço de Trump, saudado por Eduardo, tem provocado estragos na economia brasileira, afetando indústrias de manufatura, máquinas, calçados e têxteis, além de prejudicar exportadores do agronegócio. Empresários e especialistas em comércio exterior classificam as medidas como um golpe contra empregos e renda no país. Mesmo assim, o filho do ex-presidente demonstrou apoio explícito às sanções impostas pelos Estados Unidos.

Parlamentares da base governista reagiram com indignação, acusando Eduardo de “traição aos interesses nacionais” ao aplaudir um ataque direto à economia brasileira. Até mesmo políticos de centro viram na fala um sinal de submissão ao trumpismo. “Enquanto o Brasil luta para reduzir prejuízos e proteger empregos, Eduardo Bolsonaro agradece a quem está destruindo nosso mercado”, disse um senador próximo ao governo.

A aliança com Bannon não é novidade. O ex-assessor de Trump, que já foi investigado por fraude e preso em 2020 antes de ser perdoado pelo próprio Trump, se apresenta como articulador global da extrema-direita. Agora, coloca Eduardo e outros bolsonaristas em sua rede de influência, reforçando uma estratégia de ataques às instituições democráticas do Brasil.

Nas redes sociais, a repercussão foi imediata: usuários ironizaram a postura de Eduardo Bolsonaro, acusando-o de agir como “capacho de Trump” e de transformar em espetáculo a submissão do país a interesses estrangeiros. Para críticos, a cena sintetiza o bolsonarismo: um projeto político que, em vez de defender a soberania nacional, presta vassalagem a líderes internacionais alinhados à extrema-direita.

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Last Update: 24/08/2025