
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto, além da perda do mandato. A decisão foi tomada por 9 votos a 2, com base no voto do ministro Gilmar Mendes, relator do processo. A parlamentar foi considerada culpada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal.
O julgamento ocorreu no plenário virtual e teve como último voto o do presidente do STF, Luís Roberto Barroso. As divergências vieram dos ministros Nunes Marques, que propôs a desclassificação do crime de constrangimento, e André Mendonça, que afastou a condenação por porte ilegal e sugeriu apenas oito meses de detenção pelo constrangimento.
O caso envolve a perseguição armada contra o jornalista Luan Araújo, apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro de 2022, durante o segundo turno das eleições.
Essa é a segunda condenação da bolsonarista no Supremo. Em 2023, a Primeira Turma do tribunal já havia condenado a deputada a 10 anos e oito meses de prisão por participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela inserção de documentos falsos na plataforma.
Atualmente, Carla Zambelli está presa na Itália, após fugir do Brasil. Ela é alvo de um processo de extradição em território italiano, relacionado à condenação pelo caso do CNJ.