O exército da Ucrânia atacou uma estação de bombeamento no oleoduto responsável por levar petróleo russo para a Hungria e a Eslováquia, os únicos Estados-membros restantes da UE que ainda recebem o combustível.
Segundo o jornal britânico The Guardian, a operação militar ucraniana levou o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Péter Szijjártó, a fazer uma publicação nas redes sociais criticando abertamente a ação militar.
“Este é mais um ataque contra a segurança energética do nosso país. Mais uma tentativa de nos arrastar para a guerra”, disse. Mais da metade do petróleo bruto consumido pelo país vem do oleoduto Druzhba, atacado pelas forças militares.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, recusou-se a juntar-se aos parceiros da UE no apoio a Kiev com apoio político, económico e militar. Em 2024, Orbán visitou Moscou para conversar com o presidente russo Vladimir Putin.
“A Hungria apoia a Ucrânia com eletricidade e gasolina, em troca eles bombardeiam o oleoduto que nos fornece”, escreveu Orbán em inglês. “Um movimento muito hostil! Desejamos ao presidente Trump todo sucesso em sua busca pela paz!”, disse, em publicação feita antes da reunião entre o norte-americano Donald Trump e Putin no Alasca.