O presidente Lula, nesta quinta-feira (21), entregou 400 Unidades Odontológicas Móveis (UOM), também chamadas de ‘Odontomóvel’, a 400 municípios de todos os estados e também ao Distrito Federal, em cerimônia realizada na cidade de Sorocaba (SP). O investimento é de R$ 152 milhões e faz parte do Novo PAC Saúde. A estimativa é de que o atendimento com os veículos para tratamento odontológico alcance até 1,4 milhão de pessoas de todas as regiões do país.
“O Brasil sempre teve um problema crônico de falta de atenção às necessidades básicas do povo. É muito fácil ser governante para fazer um viaduto. É muito fácil ser governante para fazer uma ponte. Agora, é muito difícil você ser governante para fazer aquilo que o povo tem necessidade prática e rápida. E a questão odontológica é uma dessas necessidades”, diz Lula.
De acordo com o presidente, o governo sofre pressão do mercado financeiro para que tire dinheiro de partes essenciais ao atendimento à população.
“Quando um governo como o meu investe 400 bilhões de reais para fazer política de inclusão social tem gente que não gosta, acha que esse dinheiro deveria estar na especulação. Os banqueiros: para que gastar dinheiro com pobre, esse Lula é um babaca”, explica.
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Além dessa força contrária ao progresso dos mais pobres, agora o presidente lida com ataques externos dos Estados Unidos, que, sob o comando do presidente Donald Trump, tenta ingerir em assuntos internos do Brasil.
“Governar é cuidar. Eu quero cuidar desse país. Por isso, o presidente norte-americano [Trump], não dê palpite aqui, porque aqui cuidamos nós. E é por isso que muita gente fica implicando, porque a gente cuida das pessoas que mais necessitam”, afirma Lula.
Antes de concluir, o presidente ainda fez referência a uma pré-candidatura para disputar a reeleição: “Um mandato do Lula incomodou muita gente. Dois mandatos incomodaram muito mais. Três mandatos muito, muito mais. Imagina se tiver o quarto mandato, como é que vão ficar incomodados. Então se preparem, porque tem muita coisa aí pela frente”, finaliza.
UOM
A iniciativa de entrega dos veículos ‘Odontomóvel’ marca a retomada da ação estratégica do Brasil Sorridente após 10 anos. Em 2023, o presidente incluiu a Política Nacional de Saúde Bucal na Lei Orgânica da Saúde, o que tornou o atendimento odontológico pelo SUS uma política de Estado.
“Estamos entregando 400 unidades do ‘Odontomóvel’. Vamos entregar mais 400 no final do ano. Serão 800. Vocês sabem há quantos anos o governo federal não comprava uma unidade? Há 10 anos não se comprava uma unidade móvel. Teve que vir o presidente Lula. Teve que o povo brasileiro eleger o presidente Lula para esse cuidado. A pessoa às vezes tem vergonha, às vezes não tem dinheiro para pegar um transporte e ir até o local onde está o consultório. Agora essa pessoa vai ter o dentista, o técnico de higiene dental, uma unidade móvel como essa, bonitona, chegando no bairro dela, na frente da igreja, na escola, para ser cuidada e o Brasil voltar a sorrir”, salienta o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Com as UOMs o atendimento odontológico chegará a locais de difícil acesso e a comunidades indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua e assentadas.
As Unidades Odontológicas contam com cadeira odontológica completa, aparelho de raio-x, ar-condicionado, frigobar, exaustor, gerador de energia, canetas de alta e baixa rotação, fotopolimerizador, entre outros equipamentos, de acordo com o Ministério da Saúde.
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A entrega faz parte da iniciativa Brasil Sorridente e é considerada uma extensão da Unidade Básica de Saúde. As equipes de Saúde Bucal que irão atender são compostas cirurgião-dentista e auxiliar e/ou técnico em saúde bucal.
De 2022 a 2024, o governo Lula aumentou de 29 mil para 34 mil o número de equipes credenciadas pelo Ministério da Saúde. A região Nordeste recebeu 207 veículos, o Norte 95, o Sudeste 45, o Centro-Oeste 32 e o Sul 21. O governo deverá entregar outras 400 unidades até 2026.
Conforme o Ministério da Saúde, nos dois primeiros anos do atual governo Lula os investimentos em saúde bucal no SUS passaram de 1,5 bilhão para 4,3 bilhões.
