O nível dos reservatórios de água da Grande São Paulo atingiu, neste ano, o ponto mais baixo desde a grave crise hídrica de 2015, quando a população sofreu com torneiras secas, rodízios e uma política de gestão voltada para esconder o problema em vez de enfrentá-lo com responsabilidade.

Naquele período, o Sintaema esteve na linha de frente da luta, denunciando a negligência do governo estadual e exigindo investimentos reais em obras estruturantes, como novas estações de tratamento e de captação de água. A pressão do sindicato e da sociedade organizada foi fundamental para evitar um colapso ainda maior.

A Sabesp afirma que as obras de transposição e melhorias afastam o risco de racionamento, mas, ao mesmo tempo, orienta a população a economizar água. Para o Sintaema, essa contradição mostra que a política de gestão da empresa está colocando nas costas da população a responsabilidade pro sua capacidade de gestão em enfrentar questões estruturais.

E piora quando percebemos que a Sabesp, agora privada, concentra esforços em novas ligações de água, visando ampliar a arrecadação, enquanto deixa de lado projetos fundamentais para garantir o abastecimento de longo prazo, como obras com novas estações de tratamento.

O Sintaema alerta que essa lógica de gestão voltada para o lucro é perigosa. “Água não pode ser tratada como mercadoria: é direito humano e bem público. Não adianta pedir para que a população economize água se a empresa não cumpre sua parte em planejar, investir e proteger os mananciais”, defende o Sindicato.

A crise de 2015 deixou lições que não podem ser esquecidas: sem gestão pública, democrática e responsável, quem sofre é a população, que paga a conta da falta de planejamento e da busca incessante por lucro.

O sindicato reafirma sua luta contra a privatização da Sabesp e em defesa de um saneamento público, universal e de qualidade.

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Last Update: 20/08/2025