
Um relatório preliminar da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicou os impactos sociais e econômicos causados pelo uso abusivo de álcool no país. Entre as conclusões estão a de que a redução de 20% do consumo de álcool evitaria a morte de 10,4 mil pessoas por ano, o que corresponde a uma morte por hora no Brasil.
As mortes prematuras geram cerca de R$ 2,1 bilhões de prejuízos relacionados à produtividade, o que equivale a 58% do orçamento do programa Farmácia Popular.
A redução de 20% no consumo per capita de álcool até 2030 é uma meta da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Denominado “Estimação do Impacto de Diferentes Cenários de Redução do Consumo de Álcool no Brasil”, o levantamento foi realizado a pedido da Vital Strategies e da ACT Promoção da Saúde.
O consumo abusivo de álcool está associado a 24 doenças, entre elas tuberculose, infecções respiratórias, cirrose e outras doenças hepáticas, epilepsia, doenças hipertensivas, hemorragia intracerebral, cardiopatia isquêmica e diversos tipos de câncer.
Por ano, os gastos públicos para tratar problemas de saúde relacionados ao uso de álcool chegam a R$ 1,1 bilhão, dos quais 74% das despesas são gastas com pacientes do sexo masculino.
Estudo de 2024 da Fiocruz já tinha indicado que o consumo de bebidas alcoólicas causa R$ 18,8 bilhões de prejuízo ao país por ano no total, devido às mortes prematuras.
O uso de bebidas alcoólicas resulta ainda no aumento de comportamentos criminosos, a exemplo de violência doméstica e no trânsito.

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