Com o pacote “Brasil Soberano”, criado para socorrer empresas afetadas pelo tarifaço de Donald Trump, o governo Lula alcança R$ 387,8 bilhões em gastos fora da meta fiscal no terceiro mandato. O plano prevê R$ 4,5 bilhões em aportes a fundos garantidores e R$ 5 bilhões em renúncias do Reintegra, ambos excluídos do resultado primário. A manobra, autorizada por projeto do líder Jaques Wagner (foto/reprodução internet), repete um padrão: recorrer a créditos extraordinários em nome de emergências. A Fazenda defende que 87% desse valor cobre precatórios represados e despesas herdadas de Bolsonaro. Especialistas alertam, porém, que a prática mina a credibilidade da âncora fiscal e pode crescer com pressões eleitorais até 2026. A conta final pode ultrapassar R$ 390 bilhões, consolidando a lógica de que exceções viram regra.
