O Ministério Público de São Paulo (MPSP) formalizou denúncia contra o prefeito afastado de São Bernardo do Campo (SP) Marcelo Lima (Podemos) e outras nove pessoas acusadas de participação em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.
A denúncia foi formalizada na segunda-feira 18, e, além de Marcelo Lima, inclui o vereador Danilo Lima (também do Podemos), presidente da Câmara e primo do prefeito.
O grupo é acusado de ter causado prejuízos de 16 milhões de reais à prefeitura da cidade da região do ABC Paulista, na Grande São Paulo, com fraudes em contratos de setores como saúde e limpeza.
Segundo o MPSP, o esquema vigorou desde 2022 e “se sustenta na obtenção de contratos públicos e no desvio de recursos por meio de empresas que mantêm vínculos formais com a prefeitura e a Fundação ABC”.
Em operação na semana passada foi revelada a apreensão, em julho, de 12 milhões de reais em dinheiro na casa do homem acusado de ser o principal operador da operação criminosa. Se condenados, os acusados podem pegar até 10 anos de prisão.

Dinheiro apreendido pela Polícia Federal com servidor da Prefeitura de São Bernardo do Campo, na Grande SP.
Foto: Divulgação/PF
Em nota enviada à imprensa após o afastamento de Marcelo Lima, a prefeitura de São Bernardo do Campo, atualmente comandada pela vice Jéssica Cormick (Avante), afirmou que “a gestão municipal é a principal interessada para que tudo seja devidamente apurado”. O comunicado sustenta que “o episódio não afeta os serviços na cidade”.
Em nota oficial, Danilo Lima disse que respeita a Justiça e confia que os fatos serão esclarecidos. “Estou convicto de que este momento será superado e logo tudo será resolvido, restabelecendo a justiça de forma clara e definitiva”.