Uma nota publicada pelo jornal New York Times, revelou que o presidente norte-americano Donald Trump ordenou ao Pentágono o uso das Forças Armadas contra os “cartéis” latino-americanos de drogas classificados pelo governo dos EUA como “organizações terroristas”.
Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro deste ano, Trump tem levado a política de supostamente enfrentar o crime organizado, que tem presença em outros países. Outro episódio dessa política ocorreu em maio deste ano, em que representantes do governo americano estiveram no Ministério da Justiça brasileiro para convencer o governo de que deveria classificar as organizações PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho) como facções terroristas.
Por trás da política de suposto combate às drogas e ao terrorismo, o imperialismo, de fato, busca intervir na política e na soberania dos países da América do Sul e agora, com a nova medida anunciada por Trump, usar até mesmo a força militar, repetindo a política dos seus antecessores.
Um exemplo de que isso é um pretexto é que o presidente venezuelano Nicolás Maduro é acusado de estar envolvido com o narcotráfico e, diante disso, o governo dos EUA está oferecendo US$50 milhões por informações sobre sua localização que permitam levá-lo à prisão, mais uma tentativa desesperada de golpe de estado contra o país.
Além disso, também demonstra a política não apenas do governo dos EUA, mas do imperialismo de conjunto, de se preparar para um confronto militar e geral.
É preciso reafirmar a soberania e rechaçar essa política de intervenção interna do imperialismo na política interna dos países latino-americanos, seja pela via diplomática ou militar, denunciando mais essa campanha.