Nesta semana, estudantes de todo o Brasil promovem atos sob o lema “Em Defesa da Educação e do Brasil”. Os protestos, em referência ao Dia do Estudante, comemorado na última segunda-feira (11), demonstram a insatisfação quanto ao desmonte que diversos governos estaduais promovem na educação, assim como denunciam a interferência dos Estados Unidos em questões que atacam a soberania brasileira.

As mobilizações foram organizadas pela UNE (União Nacional dos Estudantes), a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), a UJS (União da Juventude Socialista) e outras entidades do movimento estudantil de cada estado.

Leia mais: Atos pelo Brasil clamam: “Fora Trump! Soberania não se negocia”

Nas manifestações, os estudantes exigiram maior orçamento para escolas e universidades. De acordo com a UNE, “defender a educação é também defender a soberania do nosso país, garantindo ciência, tecnologia e conhecimento produzidos aqui, a serviço do povo.”

Minas Gerais

Na quarta-feira (13), os estudantes promoveram um grande ato na Praça Sete, em Belo Horizonte (MG). Além das entidades já citadas, estiveram na organização a União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais e a União Colegial de Minas Gerais.

Em publicação das redes sociais, os organizadores reforçaram o compromisso com o ensino público: “Não aceitamos que o futuro seja privatizado nem que a educação seja tratada como mercadoria, nosso compromisso é com uma nação justa, democrática e independente!”

São Paulo

Um grande encontro também ocorreu em São Paulo (SP), na quinta-feira (14), onde milhares de estudantes estiveram na Avenida Paulista. A manifestação também contou com a presença da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes) e da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes).

A presidenta da UNE, Bianca Borges ressaltou que é importante a população manifestar suas posições por meio do Plebiscito Popular e destacou que o próximo feriado de 7 de setembro, Dia da Independência, será marcado por novas mobilizações pelo país.

“A nossa soberania não se negocia. Nós, estudantes, queremos ser donos e senhores do nosso próprio destino, vamos seguir ocupando as ruas. O 7 de setembro é uma nova data de luta contra Tarcísio, Bolsonaro e Trump, em defesa do nosso país e dos nossos direitos. Porque aqui está a juventude que constrói o enfrentamento, que constrói a luta por um futuro mais digno para quem estuda e para quem trabalha no Brasil”, diz Bianca.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro (RJ), o ponto de encontro foi em frente à Igreja da Candelária. Na passeata pelas ruas no centro da capital, a mensagem contra Donald Trump ficou evidente: “Não aceitaremos que interesses estrangeiros ditem o futuro do Brasil ou que governos de fora interfiram nas decisões do nosso povo.”

Em uma faixa com a pauta estudantil, ainda pediram mais orçamento para a educação e a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Pernambuco

Os protestos no Recife (PE) foram na escadaria da Faculdade de Direito da capital, em frente ao Parque 13 de Maio, no bairro da Boa Vista.

Com a presença da União Metropolitana das e dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco, os participantes ostentaram um lema que o presidente Lula tem destacado nos seus discursos: “Quem manda no Brasil é o povo brasileiro”.

Bahia

Em Salvador (BA), o protesto serviu para arregimentar forças para o Plebiscito Popular. As entidades estudantis, entre elas a Associação Baiana Estudantil Secundarista e a União dos Estudantes da Bahia, levaram para as ruas a pauta da Educação e também a urna da consulta pública, que colhe opiniões sobre o fim da escala 6×1, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação das grandes fortunas.

Ceará

Em Fortaleza (CE), a juventude carregou placas com os dizeres: “Educação não é mercadoria”. Junto à União Estudantil de Fortaleza, manifestantes ainda pediram “educação contra o fascismo”, assim como mais investimentos no ensino e menos juros.

Também ocorreu uma importante ação em Caucaia, na região metropolitana da capital.

Maranhão

Na capital São Luís (MA), o encontro ocorreu na Praça da Faustina, no centro histórico. Assim como no Pará, o movimento estudantil defendeu o passe livre e a soberania nacional.

Piauí, Sergipe e Paraíba

A Ubes também registrou atos que aconteceram em outras capitais do nordeste: Teresina (PI), Aracaju (SE) e João Pessoa (PB). Na capital sergipana, o programa Pé-de-Meia foi destacado com o pedido de ampliação para atender mais alunos do ensino médio.

Pará

A próxima sede da COP 30, Belém (PA), contou com protestos na Praça da República. Somada à pauta comum a todos os atos, a juventude paraense também acrescentou às suas reivindicações o pedido por passe livre estudantil, como forma de que os jovens não abandonem os estudos por falta de transporte público.

A União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Belém marcou presença na linha de frente.

Distrito Federal

Em Brasília (DF), ainda na quinta-feira (14), os jovens se reuniram em frente ao Congresso Nacional. Com a presença da União dos Estudantes Secundaristas do Distrito Federal, os participantes lembraram que, das salas de aula ao Brasil, o que rege é a democracia e a soberania.

Rio Grande do Sul

Os gaúchos saíram às ruas de Porto Alegre (RS) nesta sexta-feira (15). Somado à UNE e à Ubes estão a União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre e a União Estadual dos Estudantes Dr. Juca.

Em recado a Eduardo Bolsonaro, que trama contra o Brasil dos EUA, os organizadores ressaltam: “os estudantes são os verdadeiros patriotas desse país, lutando por mais orçamento para educação e mais qualidade nas nossas escolas e universidades.”

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 15/08/2025