
Na quinta-feira (14), o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, se reuniu com o líder global para assuntos corporativos do sistema Swift, Hayden Allan. No encontro, Allan afirmou que a rede de pagamentos não aplica sanções contra bancos por decisão unilateral de um país. Com informações do Globo.
A declaração foi dada após o governo brasileiro questionar rumores, difundidos em grupos bolsonaristas, sobre a possibilidade de o Brasil ser cortado do Swift por ação do governo de Donald Trump.
Entre as medidas já aplicadas pelo presidente americano contra o país estão o cancelamento de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que pode incluir bloqueio de operações financeiras envolvendo empresas dos EUA.

Andrew Harnik/Getty Images
Segundo Allan, a exclusão de bancos russos do sistema após a guerra na Ucrânia foi uma decisão da União Europeia, e não dos Estados Unidos. O Swift é sediado em Bruxelas e segue as leis europeias, o que afasta a possibilidade de sanções unilaterais por parte de Washington.
O Swift é uma cooperativa formada por instituições financeiras, com um conselho composto majoritariamente por bancos americanos e europeus. A instituição estuda incluir representantes de bancos brasileiros em seu board, ampliando a participação do país nas decisões.
O sistema é considerado um mensageiro confiável para transferências internacionais, comparado a um “WhatsApp entre bancos”. Ele transmite mensagens de pagamento, mas não mantém contas nem realiza movimentações diretas de dinheiro.
As transações feitas pelo Swift não precisam ser em dólar, podendo ocorrer em qualquer moeda, desde que haja acordo entre os bancos participantes.