No último dia 11 de agosto, o Sintaema participou de reunião virtual com o presidente da CETESB, Thomaz Miazaki de Toledo, organizada pelo CRF.
Foram feitas diversas perguntas sobre as mudanças no licenciamento ambiental, tanto no âmbito estadual quanto federal, e seus impactos financeiros e na qualidade ambiental. As respostas do presidente, no entanto, foram evasivas e pouco esclarecedoras. Segundo relatos dos próprios funcionários, muitas dúvidas permaneceram — apesar de respostas longas, o conteúdo real foi insuficiente.
Plano de Carreira e ATS
Também foi questionado o andamento do Plano de Carreira, o Adicional por Tempo de Serviço (ATS) e a equiparação salarial entre cargos de nível superior. Mais uma vez, as respostas não trouxeram avanços. O presidente alegou que não abriu as propostas para discussão interna para “não atrasar o processo” — mas, após quase dois anos sem aprovação nem pela diretoria, fica claro que o atraso vem de problemas internos da própria gestão.
Sobre a pauta, o Sintaema contesta a afirmação do presidente da CETESB, de que o sindicato participou das discussões: nossa participação se limitou a duas reuniões iniciais onde naquela ocasião fizemos algumas sugestões e, recentemente, a uma apresentação final do plano, já pronto, sem que pudéssemos realmente intervir. Essa postura revela um processo de “participação” apenas no discurso, sem diálogo real com a representação dos trabalhadores e trabalhadoras.
Outro ponto grave foi a recusa da presidência em instituir o ATS e a alegação de que a equiparação salarial teria custo elevado, inviabilizando um plano mais abrangente. O Sintaema lembra que a equiparação é um direito previsto em lei: para trabalho igual, salário igual. Não aceitaremos que a gestão jogue trabalhadores uns contra os outros para se eximir de cumprir a legislação.
Trabalho remoto e PDI
Assuntos como a ampliação do trabalho remoto e um possível novo PDI também foram tratados com respostas vagas, sem compromissos concretos.
Para o Sintaema, a aproximação entre a presidência e o corpo funcional é positiva, mas não pode se resumir a discursos protocolares.
Os trabalhadores e trabalhadoras da CETESB merecem respostas objetivas, respeito à lei e participação real nas decisões que afetam seu futuro.
Vamos seguir cobrando, denunciando e lutando para que direitos sejam garantidos e a empresa valorize quem de fato a sustenta: seu quadro funcional.