A equipe jurídica de Donald Trump intensificou os esforços para manter a cobrança das tarifas impostas a dezenas de países, alegando que uma decisão contrária da Suprema Corte poderia levar os Estados Unidos a uma “ruína financeira”.
Em documento enviado à Corte de Apelações do Circuito Federal, o procurador-geral D. John Sauer afirmou que um resultado desfavorável poderia desencadear um colapso econômico semelhante ao de 1929 e ameaçar programas como Previdência Social e Medicare.
Segundo o The New York Times, o cerne da disputa é uma lei de 1977 que autoriza o presidente norte-americano a adotar embargos e sanções em casos de emergência econômica — mas que não menciona explicitamente tarifas.
Trump utilizou esse dispositivo como base legal para impor tarifas sobre importações de mais de 90 países, arrecadando cerca de US$ 152 bilhões até julho, de acordo com o Departamento do Tesouro.
Economistas, no entanto, afirmam que a receita obtida com as tarifas representa uma fração pequena diante do déficit de US$ 2 trilhões e do orçamento anual de US$ 7 trilhões.
Além disso, as tarifas arrecadadas não financiam diretamente a Previdência Social ou o Medicare, que contam com fontes próprias de receita.