A reunião de líderes da Câmara dos Deputados desta terça-feira (12) deixou fora da pauta de votação os projetos de anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado no 8 de janeiro e o que altera o foro por prerrogativas de função, o chamado foro privilegiado.

Na semana passada, os deputados da extrema direita tentaram votar a força esses dois projetos em protesto à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.

Além de terem suas demandas barradas, 14 bolsonaristas devem ser punidos com suspensão de mandatos por realizarem motim e ocuparem a Mesa do plenário a fim de evitar a realização de sessões.

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“Mantivemos a decisão de não votar a proposta que altera o foro por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado, nem o projeto que concede anistia aos acusados de tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro. Foi muito grave o que aconteceu na semana passada no parlamento. Não podíamos permitir que a pauta da chantagem ganhasse força”, avalia o líder do PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros (PE).

Para o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), não vai ter anistia nem fim do foro privilegiado para “salvar a cara do Bolsonaro.”

“A pauta da chantagem não prosperou na reunião do colégio de líderes. Vamos seguir na luta para punir os sequestradores do parlamento e para aprovação imediata da isenção de IR [Imposto de Renda] até R$ 5 mil!”, defende.

Adultização infantil

Por outro lado, a maioria dos líderes apoiou a iniciativa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de votar um projeto que proteja crianças e adolescentes de abusos nas redes sociais.

Para isso, foi criado um grupo de trabalho para apresentar, em até 30 dias, um projeto de lei voltado ao combate à adultização infantil.

Essa pauta surgiu um dia depois da denúncia do youtuber Felipe Bressanim, conhecido como Felca, expor os casos de exploração de menores em conteúdos na internet.

“Na próxima quarta-feira (20), nós iremos realizar uma Comissão Geral no plenário desta Casa para que todos os parlamentares e também convidados sugeridos pelos nossos partidos políticos aqui representados possam fazer aqui um amplo debate. Que nós possamos fazer uma ampla discussão acerca desse tema que é tão importante para o nosso país. É inadiável essa discussão e, mais ainda, o posicionamento desta Casa acerca desse tema”, defende Motta.

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Last Update: 12/08/2025