Mais uma vez, a população e o meio ambiente pagam a conta da privatização do saneamento. A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) multou a empresa Iguá Saneamento em R$ 124,2 milhões por descumprir normas técnicas e contratuais e despejar esgoto não tratado no mar da Barra da Tijuca.

Segundo denúncia da Agenersa, a Iguá interrompeu o funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Barra em dezembro de 2023 e passou a lançar esgoto “in natura” no mar — o equivalente a uma piscina olímpica a cada 11 minutos. O resultado é poluição, ameaça à saúde pública e destruição do ecossistema marinho.

O caso é tão grave que motivou a abertura de inquérito policial por crime ambiental e o acionamento do Ministério Público e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para responsabilizar a empresa pelos danos causados.

Este episódio não é um caso isolado, a Sabesp privada também tem aplicado a mesma lógica. Um crime que escancara os efeitos nocivos da privatização, que desmonta um serviço essencial e têm como prioridade o lucro, e não a saúde das pessoas ou a preservação ambiental.

Quando o saneamento deixa de ser tratado como direito e passa a ser explorado como negócio, o risco de tragédias como essa aumenta — e quem paga o preço é sempre a população.

O Sintaema reafirma: saneamento é direito humano fundamental, deve ser público, universal e de qualidade. Água e esgoto não são mercadorias!

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Last Update: 12/08/2025