
Um estudo publicado na Nature Medicine nesta segunda-feira (11) reporta o desenvolvimento de uma vacina experimental (ELI-002 2P) que estimula o sistema imunológico a combater o câncer em pacientes com tumores de pâncreas e colorretal, os tipos mais letais da doença.
Os resultados da pesquisa indicam que, além de prolongar o tempo de sobrevivência dos pacientes, o novo tratamento também reduziu a recorrência de câncer de pacientes que já haviam concluído o tratamento padrão, mas que ainda apresentavam resíduos da doença no sangue.
De acordo com os pesquisadores, 68% dos pacientes submetidos ao tratamento desenvolveram forte resposta imune à mutação KRAS, presente em ambos tipos de câncer.
Isso porque a vacina apresenta fragmentos mutantes do KRAS, capazes de identificar e atacar células cancerígenas com tal mutação.
Apesar de ser um tratamento que pode ser fabricado em grande escala, por não ser personalizada, a vacina também fez com que alguns pacientes desenvolvessem respostas contra outras variações de KRAS presentes em seus tumores, o que indica que o imunizante induz respostas personalizadas.
Os pesquisadores celebraram a descoberta ainda porque os resultados superam as respostas de tratamentos convencionais.
No caso do câncer de pâncreas, que apresenta a maior taxa de mortalidade oncológica, os tumores costuram voltar mesmo após depois que o paciente é submetido a cirurgias e quimioterapias.
A vacina, no entanto, aumentou o tempo médio de sobrevida em 29 meses e também indicou que o tempo livre de recorrência de tumores pode superar os 15 meses. Assim, desponta como uma alternativa para controlar a doença a longo prazo.
Os pesquisadores agora estão testando a ELI-002 2P na segunda fase, em que o imunizante é aplicado em mais pacientes com o objetivo de confirmar os resultados iniciais.
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