A Pílulas Musicais dedica a edição desta segunda-feira, 11 de agosto, à trajetória de Olga Praguer Coelho, uma das maiores violonistas brasileiras do século XX. Dona de um virtuosismo incomparável no violão, Olga marcou a história da música nacional e conquistou reconhecimento internacional com sua arte.
Nascida em Manaus em 1909, Olga mudou-se ainda criança para Salvador e, depois, para o Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos musicais no conservatório da cidade. Desde muito jovem, encantava o público com sua voz e habilidade no violão: aos três anos de idade já se apresentava cantando.

Sua estreia oficial ocorreu em 1928, na Rádio Clube do Brasil, e no ano seguinte gravou seu primeiro disco pela Odeon Records, com os clássicos “Sá querida” e “A mosca na moça“. Formada sob a tutela do mestre Patrício Teixeira, Olga tornou-se referência em música folclórica brasileira.
Em 1936, foi nomeada pelo presidente Getúlio Vargas para representar a música brasileira na Europa, cargo simbólico que, no entanto, abriu portas para sua carreira internacional. Chegou a Berlim para o encerramento dos Jogos Olímpicos daquele ano, mostrando ao mundo a riqueza cultural do Brasil.
Durante passagem pelos Estados Unidos, em 1938, Olga se apresentou na Casa Branca, a convite de nomes como Heitor Villa-Lobos e Érico Veríssimo. Lá, viveu um relacionamento de duas décadas com o célebre violonista Andrés Segovia, com quem colaborou em projetos e performances históricas, incluindo o primeiro concerto de violão com cordas de náilon em Nova Iorque, em 1944.
Após retornar ao Brasil na década de 1970, Olga continuou atuando na rádio e na televisão, perpetuando seu legado. Em 2004, recebeu a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura, reconhecimento máximo por sua contribuição à cultura brasileira.
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