O Brasil está sendo atacado. Nossa soberania é ameaçada pelas pressões de Trump que busca intervir para salvar Bolsonaro da prisão. Eles atacam as empresas brasileiras com a taxação em 50% de diversos setores econômicos nacionais exportados para os EUA. Essa taxação pode vir a gerar desemprego de milhares de trabalhadoras/es. Lula tem razão em chamar de ingerência e ataque a soberania as ações de Trump.

Internamente, deputados bolsonaristas abrem faixas saudando Trump em nosso Congresso Nacional e defendem abertamente a taxação dos produtos brasileiros, que ameaçam os empregos do povo brasileiro, num claro ato de traição nacional.

Mobilizar a população para um debate político
Este é o momento de fazermos política onde o povo está: nas feiras, igrejas, portas de shoppings, supermercados, terminais de ônibus. O Plebiscito Popular não é apenas uma consulta — é uma ferramenta de educação política e mobilização popular.

Organizar o Plebiscito é uma oportunidade de ir além da coleta de votos: é exercitar o diálogo político com a população. Toda militância do PT já ouviu nos territórios: “Vocês só aparecem aqui em época de eleição.” O Plebiscito nos permite discutir política fora do período eleitoral e mostrar como o Congresso Nacional — aquele dos mais de 300 picaretas — se recusa a melhorar o Brasil, como ficou evidente nas votações sobre a reforma tributária.

Com esse Congresso, não dá!
O Congresso Nacional é dominado por uma ampla maioria de direita. Muitos se escondem sob o nome de “Centrão” e vários ocupam cargos no governo federal em partidos que se declaram da base aliada, mas nos territórios sabotam o Brasil. Para a maioria dos deputados e senadores, o povo que se lasque. Eles querem tirar direitos e vender as riquezas do Brasil. Esse Congresso não quer aprovar medidas de justiça tributária nem o fim da escala 6×1. É um Congresso inimigo do povo.

Por que acabar com a escala 6×1 e reduzir a jornada sem reduzir salário?
Quem vive na pele sabe: a escala 6×1 é uma escravidão moderna. Trabalhar seis dias seguidos, com apenas um de descanso, destrói a saúde, afasta a família, rompe o convívio comunitário e até impede o direito ao culto religioso.
Hoje, milhares de trabalhadores já não sabem o que é conviver com suas famílias. Antigamente, os fins de semana eram para descansar, visitar os pais, levar os filhos no parque ou ir à igreja. Isso está sendo arrancado da classe trabalhadora.
A redução da jornada sem corte de salários já é uma política real em países desenvolvidos: melhora a produtividade, gera empregos e garante mais qualidade de vida. A pauta é defendida pelo PT, PCdoB e PSOL na Câmara. A companheira Érika Hilton (PSOL-SP) apresentou uma PEC propondo o fim da escala 6×1, inspirada no movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que surgiu nas redes para denunciar a exaustão da juventude trabalhadora.

Direito de viver com dignidade
Quem não quer tempo para cuidar da família, descansar, estudar, rezar na igreja ou no terreiro? Tudo isso é um direito!
Nos últimos anos, quase todas as mudanças na legislação serviram para prejudicar a classe trabalhadora e favorecer os lucros dos patrões:
fim da proibição do trabalho aos domingos;
reforma trabalhista, que retirou direitos;
reforma sindical, que enfraqueceu os sindicatos;
reforma da previdência, que penalizou os aposentados;
lei das terceirizações, que liberou terceirizar tudo.
Se continuar assim, de reforma em reforma contra o povo, revogam até a Lei Áurea. É preciso dar um basta e recuperar nossos direitos anulando essas reformas.

Fazer o plebiscito em nossas comunidades
O povo quer trabalhar com dignidade. O argumento é simples: ninguém quer pagar com a saúde e a vida por tanta exploração. O Plebiscito Popular busca abrir esse diálogo, com milhares de urnas espalhadas por feiras, terminais, escolas, igrejas e locais de trabalho.
Usar o Plebiscito como ferramenta de escuta e convencimento ajuda a mostrar que o fim da escala 6×1 e a redução da jornada são propostas concretas e viáveis — e que só a pressão popular pode forçar o Congresso a se mexer a nosso favor..

Taxar os super-ricos! Isentar os trabalhadores!
A proposta é clara: isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, descontos para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, e tributação dos super-ricos.
Como explicou o presidente Lula: “O povo trabalhador paga mais imposto do que o rico. Então, o que queremos é isentar as pessoas que ganham até R$ 5 mil. (…) Salário não é renda. Renda é o cara que vive de especulação. Esse, sim, deveria pagar Imposto de Renda.”
É justiça tributária, é alívio no bolso de quem mais precisa, e é a classe trabalhadora exigindo respeito.

Cada liderança, uma urna! Cada comunidade, um debate coletivo!
Precisamos colocar urnas nas feiras, igrejas, terminais de ônibus, portas de mercados e shoppings. Com urnas e conversa franca, vamos acolher as histórias das trabalhadoras e trabalhadores: mães que não veem os filhos, profissionais da saúde exaustos, gente que não consegue mais viver com dignidade.
É ali, no cotidiano, que a política ganha força. Por isso, é hora de envolver lideranças locais, formar grupos de coleta de votos, agitar o tema e organizar urnas nos territórios. Vamos mostrar que a jornada pode ser reduzida, que salário é sobrevivência e que os super-ricos devem ser taxados!

() *Leandro Lira é presidente eleito do PT do Butantã e assessor parlamentar.
Alexandre Linares é secretário de organização eleito do PT do Butantã, jornalista, professor e dirigente sindical.

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Last Update: 08/08/2025