O presidente Luiz Inácio Lula da Silva homologou nesta quarta-feira (6), em Brasília, as terras indígenas Pitaguary, Lagoa da Encantada e Tremembé de Queimadas, todas localizadas no Ceará. Com isso, já são 16 territórios regularizados pelo atual governo.
Na ocasião, o presidente reconheceu que o processo ainda é lento e elogiou a resistência dos povos indígenas.
“Uma coisa que me dá muito orgulho é a capacidade que vocês têm de resistência nesse país. Muita gente já poderia ter desistido e vocês, da forma mais corajosa possível, continuam de cabeça erguida”, afirma Lula.
A próxima etapa desse processo de regularização das terras indígenas é o registro imobiliário.
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“Não é pelo fato de a gente ter reconhecido a terra que está resolvido o problema. Agora é criar condições para que vocês possam fazer o uso que acham melhor daquela terra e poder continuar criando a família”, disse.
“Para mim, é uma alegria muito grande. É uma conquista da luta da minha mãe, que lutou por 30 anos pela causa da nossa mãe terra. E hoje está sendo assinada. Para mim, só alegria e satisfação por nosso rio, no nosso mar, nossa duna, nossa floresta. Só alegria”, comemora a cacica Maria da Conceição, do povo Jenipapo-Kanindé.
A presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, diz que a homologação dos territórios é um fato histórico para os povos indígenas do Ceará.
“Não é somente a história, é a vida desses povos que dependem desses territórios. Quero agradecer ao presidente em nome da Funai por mais esse avanço”, festeja.
De acordo com o órgão, os procedimentos demarcatórios começaram em 2023, após anos de paralisação.
Naquele ano, o presidente Lula homologou oito territórios: Arara do Rio Amônia (AC), Acapuri de Cima (AM), Rio Gregório (AC), Kariri-Xocó (AL), Uneiuxi (AM), Rio dos Índios (RS), Tremembé da Barra do Mundaí (CE) e Avá-Canoeiro (GO).
Já em 2024 foi a vez das TIs Aldeia Velha (BA), Cacique Fontoura (MT), Potiguara de Monte-Mor (PB), Morro dos Cavalos (SC) e Toldo Imbu (SC).