O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-assessor, Luís Felipe Martins. Foto: Reprodução

Dados de geolocalização do telefone de Luís Felipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) mostraram que ele estava no Brasil entre 30 de dezembro de 2022 e 9 de janeiro de 2023. A informação foi solicitada pela Corte para descobrir se ele esteve nos Estados Unidos junto do ex-presidente na época.

Martins está preso há cerca de cinco meses no âmbito da investigação sobre plano golpista para manter Bolsonaro no poder. A suposta viagem é o principal argumento usado por Moraes para mantê-lo na cadeia: o magistrado alega que a ida ao país poderia indicar intenção de fuga.

A defesa do ex-assessor alegou que ele não viajou com o ex-presidente na ocasião, mas investigadores encontraram um registro de sua entrada em território americano no dia 30 de dezembro de 2022 com o passaporte. Por isso, Moraes havia notificado a empresa Uber e a operadora de telefone TIM e pediu os dados.

As informações das empresas foram enviadas ao STF em 28 de junho e juntadas ao processo na última segunda (8). Os dados foram liberados para a defesa de Martins nesta quarta (30).

Suposta viagem aos EUA representa risco de fuga de Luís Felipe Martins, segundo Alexandre de Moraes. Foto: Agência Senado

Segundo registros das antenas aéreas que captam o sinal do aparelho, o celular de Martins estava em Brasília no dia 30 de dezembro daquele ano, data em que Bolsonaro viajou ao país. No dia seguinte, o aparelho passou por Curitiba e Ponta Grossa, ambas as cidades no Paraná.

A defesa do ex-assessor diz que ele foi de avião da capital federal para o Paraná e pegou um carro para o município do interior. Os dados apontam que ele ficou no estado até o dia 9 de janeiro.

Após a descoberta das informações, o advogado de Martins deve entrar com um novo pedido de liberdade. Ricardo Scheiffer, que representa o ex-assessor no caso, diz que a Corte usou dados de geolocalização de celular para acusá-lo de participar de reuniões. “Pela paridade de armas, se vale para acusar, tem de valer para defender”, argumenta.

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Última Atualização: 10/07/2024