Selic congelada, tarifaço em ebulição

Com a decisão do Conselho de Política Monetária (Copom), de manter a Selic em 15% e repetir a dose em setembro, o setor produtivo teme por mais prejuízos. A justificativa é a de que o cenário global está mais incerto, agravado pelo tarifaço de Donald Trump. A sobretaxa de 50% atinge produtos como café, carnes e pescados e outros produtos. Para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo (foto/reprodução internet), e demais diretores, o novo ataque comercial dos EUA complica o ambiente externo e exige cautela. A economia brasileira dá sinais de desaceleração e a inflação surpreende para baixo, mas o BC prefere não arriscar: quer manter os juros altos por um “período bastante prolongado” até que a inflação se alinhe à meta de 3%. A novidade foi semântica: o BC agora fala em “manutenção da interrupção” da alta de juros, um jeito rebuscado de dizer que vai esperar. Mas, se o cenário piorar, avisa: não hesitará em apertar ainda mais.

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