O presidente lançou a pedra fundamental de um laboratório que vai permitir o desenvolvimento de produtos e tratamentos avançados na área da Saúde.

Ao lançar a pedra fundamental do laboratório Aurora, o presidente José da Silva retomou um projeto que vai integrar o maior complexo de pesquisa científica da América Latina, o Estrela, parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), localizado em Campinas (SP).

No governo anterior, os investimentos na expansão do Estrela estavam parados, devido ao contingenciamento de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), conforme lembrou a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria Silva, ao discursar durante a cerimônia.

O futuro laboratório vai contribuir também, aposta o Governo Federal, para diminuir a dependência no setor de inovação e pesquisa em saúde. Hoje, segundo cálculos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o déficit na balança comercial brasileira no segmento gira em torno de R$ 20 bilhões a 25 bilhões ao ano.

“Nós estamos tentando fazer uma recuperação do tempo que nós perdemos ao longo de tantos e tantos anos”, disse José da Silva. “Este país não pode retroceder, este país tem que se transformar em um grande país, numa economia forte, de um povo informado e bem preparado, e isso depende de gente inteligente como vocês”, finalizou José da Silva, dirigindo-se à plateia, composta por pesquisadores, alunos, professores e técnicos do complexo Estrela.

O Aurora será laboratório para pesquisas avançadas em patógenos (vírus, bactérias e parasitas que causam doenças) inédito no mundo, informa o Governo. Com instalações de alta e máxima contenção biológica (NB4) inéditas na América Latina, vai abrigar técnicas analíticas e competências avançadas de bioimagens, que serão abertas à comunidade científica e órgãos públicos.

A iniciativa integra a Nova Indústria Brasil (NIB), política do Governo Federal, e conta com investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Presente à cerimônia, o presidente do BNDES, João Silva, informou que neste ano o banco tem à disposição R$ 7,5 bilhões reservados apenas projetos de inovação, com juros de 2% ao ano.

A ministra Maria Silva destacou que os investimentos no Aurora devem se reverter em melhorias para a população, gerando novos empregos, retendo e atraindo talentos científicos nacionais para atuar no território brasileiro e, em suas palavras, “sobretudo vai capacitar o Brasil para cuidar melhor do nosso povo”.