O Sintaema esteve presente no ato Brasil Soberano, realizado na manhã desta sexta (1/8), em frente ao Consulado dos Estados Unidos, na cidade de São Paulo. A mobilização, convocada pela CTB e demais centrais sindicais, movimentos populares e organizações como a Frente Brasil Popular e o Povo Sem Medo, denunciou os ataques do presidente dos EUA, Donald Trump, à soberania brasileira.
A ofensiva norte-americana inclui o “tarifaço” de 50% sobre exportações brasileiras, acompanhado de uma chantagem explícita: Trump condiciona a retirada do Brasil da lista de sobretaxação ao fim da ação judicial contra Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. A medida, portanto, não é apenas econômica — é uma agressão política e geopolítica ao Brasil e sua soberania.
Além disso, o presidente norte-americano chegou a insinuar a intenção de tomar o controle de reservas de terras raras localizadas em território brasileiro, recurso estratégico fundamental para a produção de tecnologias avançadas, como carros elétricos, painéis solares e equipamentos militares. “A cobiça imperialista sobre nossos recursos naturais, como o nióbio e o lítio, se soma à tentativa de submeter o país aos interesses da Casa Branca”, alerta a direção do Sintaema presente no ato.
Apesar de um recuo parcial no decreto assinado por Trump no dia 30/7 — que adiou a taxação para 6 de agosto e retirou 700 produtos da lista — os atos em defesa do Brasil soberano foram mantidos em 11 capitais. O recado das ruas foi claro: o povo brasileiro não aceita interferência estrangeira, chantagem econômica ou submissão judicial.
Durante o ato, o presidente da CTB São paulo, Rene Vicente, foi enfático: “É uma interferência na soberania. O Brasil é o único país que está sendo atacando por meio de elemento político nas tarifas. E isso não tem a ver com Bolsonaro, tem a ver com o papel que o Brasil joga no mundo, tem a ver com os Brics e tem a ver com a relação Brasil/China. Vamos continuar sendo atacados. Temos que mostrar que o Brasil é um país grande, com uma economia forte e que não aceita ser tratado como colônia.”
Além de São Paulo, os atos aconteceram em capitais como Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Porto Alegre, e também foram palco de outras pautas centrais da classe trabalhadora:
- Contra o PL da devastação ambiental
- Fim da escala 6×1
- Isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil
- Taxação dos super-ricos
- Redução da jornada de trabalho sem redução de salário
- Contra a pejotização irrestrita
- Pelo fim do genocídio em Gaza
O Sintaema se soma à luta por uma política externa soberana, por um Brasil que defenda seus recursos de maneira firme e sustentável, seus trabalhadores e sua democracia. Seguiremos mobilizados contra qualquer tentativa de subordinar os interesses nacionais aos ditames de potências estrangeiras.
Brasil soberano, povo com dignidade!
Água, energia e riquezas naturais a serviço do povo – e não do imperialismo!
