O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou a repórteres que o país vai criar “centros de alimentação” em Gaza para lidar com a crise de fome e desnutrição na região em meio ao bloqueio efetuado por Israel.
“Vamos criar centros de alimentação, e faremos isso em conjunto com pessoas muito boas, e forneceremos fundos, e acabamos de arrecadar trilhões de dólares, conseguimos muito dinheiro e vamos gastar um pouco em alimentos, e outras nações estão se juntando a nós”, disse Trump na segunda-feira.
O pronunciamento de Trump desmente fala do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que “não há fome em Gaza” e, embora culpe o grupo palestino Hamas pelo atraso na distribuição de ajuda aos civis, o norte-americano destacou que Israel “tem muita responsabilidade” por limitar a chegada de ajuda à região.
“Isso é fome de verdade“, disse Trump. “Eu vejo, e não dá para fingir. Então, vamos nos envolver ainda mais.”
As declarações foram feitas em meio a um encontro bilateral do presidente norte-americano com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer – e ambos também vêm a crescente condenação de alguns dos aliados mais próximos dos EUA ao movimento israelense na Palestina.
Embora Trump volte a descartar a ideia de reconhecer a Palestina como Estado, mais de 200 membros do parlamento britânico assinaram pelo reconhecimento imediato. Na última semana, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou que o país reconheceria o Estado da Palestina.