Quatro especialistas eleitorais das Nações Unidas chegaram à Venezuela com a missão de preparar um relatório interno sobre as eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais o presidente Nicolás Maduro vai buscar o terceiro mandato consecutivo.
O Painel de Especialistas Eleitorais da ONU chegou à Venezuela a convite do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e em conformidade com o Acordo de Barbados. O relatório vai incluir recomendações sobre melhorias que poderiam ser feitas em futuros processos eleitorais no país.
Os especialistas vão permanecer na Venezuela por alguns dias após as eleições, e terão plena liberdade para se reunir com atores políticos e sociais, além de autoridades e especialistas eleitorais.
A equipe não dará declarações públicas avaliando a condução geral de um processo eleitoral ou os seus resultados.
O Acordo de Barbados, mediado pela Noruega e com a participação-chave dos Estados Unidos, a oposição e o governo venezuelanos definiram a data das eleições e concordaram com uma observação internacional que incluísse a União Europeia (UE). No entanto, o presidente do CNE, Elvis Amoroso, anunciou em maio a retirada do convite à UE para observar o processo.
Em 20 de junho, Amoroso condicionou um novo convite ao levantamento de todas as sanções. Além da UE, o CNE convidou em março o Centro Carter, o Brics e a União Africana para serem observadores.
Em 2021, a UE observou eleições para governadores e prefeitos na Venezuela e identificou melhorias consideráveis no sistema de votação, mas também irregularidades. Essas declarações levaram a um fim abrupto da visita, depois que Maduro chamou os observadores de inimigos e espiões.