Por Pedro Costa

Nesta semana, vieram à tona reportagens sobre o descredenciamento da Comunidade Terapêutica Tenda do Encontro, de Juiz de Fora/MG, de um edital do Ministério do Desenvolvimento Social, por conta de a referida CT estar na Lista Suja do trabalho escravo. A CT tinha sido habilitada em um edital do MDS e foi listada como credenciada, estando apta para receber financiamento público pelo MDS.

Alimentos consumidos pelos resgatados estavam vencidos, e o preparo era feito em uma panela de pressão avariada, sob risco de explodir (Foto: Reprodução/MTE)

Este caso só reforça como as CTs não sao instituições assistenciais ou de tratamento, mas instituições de violência, assim como quaisquer outros manicômios. Pior, as CTs têm sido uma mistura de manicômios, prisões, igrejas (no sentido do fundamentalismo e violência religiosos) e senzalas, ao se voltarem principal a pessoas pobres e negras e, ao se pautarem na chamada laborterapia, que, concretamente, tem sido trabalho forçado, nao pago, em condições degradantes e análogo à escravidão. Esse, aliás, foi o caso da CT Tenda do Encontro e de outras, que vêm sendo denunciadas na mídia e por órgãos e entidades do próprio Estado brasileiro.

Protesto pede fim das comunidades terapêuticas, entidades com histórico de violações de direitos humanos (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Neste sentido, exigimos o fim do financiamento público às CTs, com o seu direcionamento para o serviços públicos e não-manicomiais da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), como os CAPS, Unidades de Acolhimento, Serviços Residenciais Terapêuticos, leitos em hospitais gerais, dentre outros.

No mais, é fundamental continuarmos lutando por uma sociedsde sem quaisquer tipos de manicômios, inclusive as CTs.

Pelo fim do financiamento público às CTs!
Pelo fim das CTs!
Por uma sociedade sem manicômios!

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Last Update: 23/07/2025