O dólar se desvalorizou durante os primeiros meses do governo Trump. Foto: Reprodução

Com a desvalorização de quase 10% do dólar neste ano, investidores brasileiros começam a buscar alternativas fora dos Estados Unidos para diversificar o portfólio. O movimento acompanha uma tendência global de reequilíbrio nos investimentos, com crescimento da demanda por ativos na Europa, Ásia e Oriente Médio. Com informações da Folha de S.Paulo.

O euro, por exemplo, já subiu 11,85% frente ao dólar, enquanto o índice alemão DAX valorizou 21% no mesmo período. Especialistas afirmam que o enfraquecimento do dólar reflete tanto políticas deliberadas do governo americano quanto o avanço de outras economias, como a europeia, com destaque para Alemanha e Arábia Saudita.

As gestoras recomendam alocação em setores estratégicos como infraestrutura, bancos, tecnologia e construção, com oportunidades em ações europeias, asiáticas e no Oriente Médio. A procura por ouro também cresceu, com alta de 27% no ano, assim como títulos de dívida soberana do G7, disponíveis para brasileiros a partir de US$ 1.000.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sério, coçando o rosto, perto de microfone, sem olhar para a câmera
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Reprodução

Além dos investimentos diretos no exterior, há opções acessíveis via Bolsa brasileira, como BDRs e ETFs que replicam mercados estrangeiros. A diversificação também protege contra a inflação e a volatilidade do real, conforme estudo da FGV que recomenda ao menos 16% da carteira investida fora do país.

Apesar dos riscos, como a guerra na Ucrânia e o cenário político da Argentina, analistas seguem otimistas com o longo prazo. A expectativa é que o mercado americano mantenha força nas áreas de tecnologia e inteligência artificial, enquanto a Europa ganha espaço na economia real.

A China e o Oriente Médio são vistos como regiões promissoras, com governos investindo no fortalecimento dos mercados locais. A orientação unânime entre os especialistas é de que os investidores brasileiros devem construir um portfólio global, equilibrando riscos e oportunidades em diversas moedas e geografias.

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Last Update: 21/07/2025