Trump investe contra o Brasil para salvar Bolsonaro da prisão e proteger as big techs. Mas o objetivo do presidente norte-americano vai além. O propósito estratégico é o de submeter o país à tutela dos EUA, destruindo nossa soberania. Com a agressão imperialista, Trump almeja a dominação econômica e geopolítica do Brasil. Conta com a colaboração da família Bolsonaro e de Tarcísio de Freitas, que conspiram com a potência estrangeira contra os interesses nacionais. São traidores da pátria!

Diante do avanço acelerado da China, os EUA pretendem assegurar pela força a sua dominação global. Para tanto, não podem tolerar a soberania do país mais importante da América Latina. Ciente de que Lula da Silva promove uma política externa independente, incentivando a cooperação econômica entre os países do BRICS e denunciando o genocídio em Gaza, não admitem a autonomia brasileira. A imposição da vassalagem ao Brasil é, portanto, parte do plano geral do imperialismo norte-americano sob a liderança neofascista.

O fato é que o país está sob ataque inédito em múltiplas dimensões. Trump investe contra a presidência de Lula, mas também contra a Justiça brasileira e o sistema eleitoral. Promove um atentado contra nossa economia e as instituições do Estado. Até mesmo o PIX e a 25 de março foram alvos da ofensiva. A meta é garantir, em 2026, a eleição de um presidente brasileiro de extrema direita servil a Trump.

A ofensiva imperialista está apenas no seu início

O tarifaço de 50% mudou completamente a conjuntura nacional. Seu efeito político imediato foi o de isolar politicamente o fascismo. O complô público da família Bolsonaro com Trump na promoção das sanções ao Brasil cobrou seu preço, desgastando o bolsonarismo. Eduardo Bolsonaro chegou ao ponto de fazer ameaças militares ao país. Setores relevantes do empresariado se afastaram da extrema direita, ao menos momentaneamente. Há, por consequência, uma melhora relativa na relação política de forças, que pode ser temporária ou não, a depender da evolução do conflito em curso.

>> Leia também: Bolsonaro e Trump juntos contra o Brasil! Decisão de Alexandre de Moraes é fundamental

O governo Lula se fortaleceu politicamente ao liderar a defesa nacional contra o agressão estrangeira. O presidente brasileiro mostra coragem ao enfrentar as ameaças dos EUA. Importa notar que Alexandre de Moraes e o STF também responderam com firmeza ao conluio dos Bolsonaros com Trump. A adoção das medidas cautelares, como a tornozeleira eletrônica e a prisão domiciliar noturna para Jair, passa um recado contundente perante a intromissão norte-americana na justiça brasileira. A prisão do líder fascista é urgente!

Porém, esse momento de maiores dificuldades para o bolsonarismo não pode levar à subestimação dos sérios riscos colocados. O mais provável é que Trump intensifique a escalada contra o Brasil. A elevação das tarifas comerciais a 100% e outras sanções econômicas podem ser anunciadas nos próximos dias.

Os EUA tem meios poderosos de coerção, podendo absorver danos comerciais colaterais. Trump pode impor enormes prejuízos econômicos ao Brasil, se quiser, pressionando a burguesia nacional. Não existe garantia alguma de que a classe dominante brasileira manterá posição pela soberania. Historicamente, nossas elites nunca foram muito afeitas à defesa da pátria diante do imperialismo. O Congresso, dominado pelo centrão e sob influência da extrema direita, que acaba de aprovar, na calada da noite, o PL da devastação, tampouco merece confiança para o embate com os EUA.

Além disso, eventuais impactos econômicos negativos podem gerar, com o passar do tempo, descontentamento social interno. O perigo maior, portanto, para o governo e a esquerda, é o de minimizar a gravidade da situação, não se preparando adequadamente à “guerra” que se abriu.

Defender a soberania com ampla unidade e mobilização popular!

A resposta firme de Lula até aqui merece todo apoio. Contudo, consideramos que é preciso dar um passo à frente diante da magnitude do ataque em curso. É necessário alertar a população, sem meias-palavras, de que a nação brasileira está em risco, sendo necessário a ampla unidade nacional e a mobilização popular em defesa da Soberania.

Convém sublinhar a vital importância da articulação da unidade entre os países da América Latina. É momento de Brasil, México, Colômbia e demais países da região se unirem numa só voz pela soberania dos povos, isolando Milei, na Argentina. A costura da solidariedade e cooperação do Sul Global deve se estender para os países dos demais continentes afetados pelas medidas de Trump.

Nesse momento crucial do país, urge a necessidade de uma frente anti-imperialista e antifascista. É tarefa da esquerda e dos movimentos sociais organizarem a mobilização nas ruas e nas redes sociais. Um grande ato nacional em agosto precisa ser convocado, o quanto antes, de forma unitária pelo conjunto da esquerda, movimentos sociais, sindicatos e forças políticas democráticas que se opõem à agressão de Trump. O governo precisa se engajar nessa tarefa. Se apoiando na luta do povo, Lula pode derrotar a ofensiva do imperialismo. O Congresso da UNE indicou esse caminho de luta, chamando ato pela soberania em 1o de Agosto.

Na atual conjuntura, ganha maior relevância o Plebiscito Popular, que faz a disputa da consciência do povo com as bandeiras da taxação dos super-ricos e do fim da escala 6×1. O Plebiscito pode agora incorporar a reivindicação da defesa da soberania nacional, potencializando a luta anti-imperialista.

Chegou a hora de mostrar ao povo brasileiro quem são os traidores e quem são os verdadeiros patriotas!

 

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Last Update: 20/07/2025