
Cerca de 1 milhão de famílias deixarão o Bolsa Família em julho após aumento de renda, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. Desse total, 536 mil atingiram o prazo máximo de 24 meses da Regra de Proteção — que permite que beneficiários continuem recebendo 50% do valor do benefício após ultrapassar a renda de entrada no programa, entre R$ 218 e meio salário mínimo por pessoa.
Outras 385 mil famílias também saíram do programa por ultrapassarem a renda limite da Regra de Proteção, chegando a mais de R$ 759 per capita. Já as que voltarem à situação de pobreza após esse desligamento têm direito a prioridade no retorno ao Bolsa Família, por meio da regra do Retorno Garantido.
A saída em massa foi possível graças à modernização do Cadastro Único, que agora cruza automaticamente informações com outras bases do governo. Desde 2023, aproximadamente 8,6 milhões de famílias deixaram o programa social. Em contrapartida, dados do MDS indicam que, no mesmo período, 24,4 milhões de pessoas saíram da insegurança alimentar grave.
Com novas regras em vigor a partir de julho, famílias com renda entre R$ 218 e R$ 706 por pessoa podem permanecer por até 12 meses no programa, recebendo metade do benefício. A medida, alinhada à linha internacional de pobreza, busca oferecer transição segura à medida que a economia e o mercado formal de trabalho se recuperam.