O deputado Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução

Neste sábado (19), a Advocacia-Geral da União (AGU) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para que investigue a possível participação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em uma operação com dólares feita horas antes do tarifaço anunciado por Donald Trump contra o Brasil.

O pedido foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes e visa incluir o episódio no Inquérito 4.995.

Segundo a AGU, há indícios de que o parlamentar pode ter se beneficiado de informação privilegiada, realizando operações financeiras com ganhos ilícitos. A instituição sustenta que os fatos vão além das suspeitas já apresentadas pela Procuradoria-Geral da República e apontam para possível manipulação do mercado de câmbio para obter lucro indevido.

O órgão também destacou que o uso de informação privilegiada configura infração civil e administrativa, além de penal. Por isso, a AGU notificou a Procuradoria-Geral Federal para acionar a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pedindo investigação sobre a operação cambial suspeita que ocorreu antes do anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

De acordo com as apurações, um grande volume de dólares foi comprado enquanto a cotação da moeda americana ainda estava baixa. Após o anúncio das sanções, com a valorização do dólar, essa mesma quantia foi vendida, gerando lucro expressivo. A AGU acredita que o movimento foi orquestrado.

A Polícia Federal (PF) também relaciona a atuação de Eduardo e Jair Bolsonaro à pressão sobre o STF e à instigação de Trump contra o Brasil.

Donald Trump, presidente dos EUA – Foto: Reprodução

Segundo o inquérito, declarações públicas feitas por ambos teriam contribuído para a decisão dos EUA de adotar medidas econômicas contra o país, como forma de interferir no julgamento da ação penal sobre tentativa de golpe após as eleições de 2022.

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Last Update: 19/07/2025