Parlamentares da Bancada do PT participaram, nesta terça-feira (16/7), do evento de lançamento do Plebiscito Popular – por um Brasil Mais Justo, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. A iniciativa defende a taxação dos super-ricos, redução da jornada de trabalho sem redução de salarial e o fim da escala 6×1. O ato reuniu entidades sindicais, movimentos sociais e lideranças políticas comprometidas com o fortalecimento da democracia participativa no país. A consulta popular já recebeu 500 mil votos até o momento.
O senador e atual presidente Nacional do PT, Humberto Costa (PT-PE), afirmou que o partido está engajado nessa luta: “O PT vai participar decisivamente deste plebiscito e isso será mais um passo importante para que, no ano que vem, a gente enterre, definitivamente, a extrema direita”.
O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), também esteve presente no ato e reforçou a luta da Bancada do PT pelo fim da escala 6×1. Ele citou as propostas que tramitam na Casa sobre o tema, de autoria de parlamentares do PT e do PSol, e que uma tramitação mais rápida da proposta poderia acontecer por meio de um projeto do governo com urgência constitucional. “Então, nós, da Bancada do PT, sugerimos que o Governo do Presidente Lula mandasse para o Congresso um projeto de lei, com urgência constitucional, propondo o fim da escala 6×1. Com essa urgência, a proposição tem a obrigação de ser votado em 45 dias”, explicou.
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Lindbergh também comemorou o avanço do projeto do Governo Lula que isenta de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil/mês, aprovado hoje em comissão especial. Ele também criticou a investigação do governo americano em relação ao PIX brasileiro. “Eles dizem que é uma concorrência desleal o meio de pagamento criado pelo governo brasileiro. Na verdade, eles estão querendo é defender os cartões, as bandeiras deles. O Brasil não vai se render por essa ingerência praticada pelo Trump”, afirmou.
E o coordenador nacional do plebiscito, Igor Felippe, destacou a necessidade da participação direta da população nas decisões. “Temos, a partir deste plebiscito, a intenção de resgatar o sentido da democracia, que é a participação do povo nas grandes decisões”, afirmou.
Defesa da soberania e do Governo Lula
O deputado Rui Falcão (PT-SP) defendeu a postura de enfrentamento do Governo Lula na luta pela justiça social e falou da importância da soberania popular. “Soberania não é só a defesa das fronteiras, não é só a questão comercial. A soberania mais forte que temos que defender é a soberania popular não só do voto, mas da participação”.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) defendeu o fim da jornada 6×1 “porque há vida além do trabalho”. Ela enfatizou que os super-ricos têm que pagar, “porque não tem sentido quem mora na cobertura não contribuir com o condomínio”.
A parlamentar também defendeu a soberania brasileira e criticou o governo dos EUA. “Este país não vai se ajoelhar para os interesses estadunidenses. Nossa bandeira não será pisoteada pelas botas literais e metafóricas estadunidenses”, garantiu Kokay.
Mobilização
Defendendo os movimentos sociais e a necessidade do plebiscito, o deputado Airton Faleiro (PT-PA), falou da importância de mobilização da sociedade. “Vocês viram que esse Parlamento toma posições e quando a sociedade se mobiliza e diz não, ele recua”.
E a deputa Juliana Cardoso (PT-SP) reiterou que é importante que o povo siga mobilizado. “O Plebiscito Popular – Brasil Mais Justo é com o pessoal da rua, da base, dos sindicatos e nasce de quem sabe onde está a dor do povo. Por isso, que este lançamento com coragem e esperança é tão relevante”, afirmou.
As deputadas Maria do Rosário (PT-RS) e Lenir de Assis (PT-PR) e os deputados petistas Bohn Gass (RS), Carlos Zarattini (SP), Paulo Pimenta (RS), Alencar Santana (SP), Nilto Tatto (SP), Rogério Correia (MG), Tadeu Veneri (PT-PR), Reimont (RJ), entre outros também prestigiaram o evento.
A votação do Plebiscito Popular vai até setembro de 2025. Mais informações estão disponíveis no site: https://plebiscitopopular.org.br/.
Do site do PT na Câmara