O ousado plano de soberania digital do governo brasileiro
por Patrícia Faermann
Em entrevista exclusiva a Luis Nassif, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil, Luciana Santos, apresentou as iniciativas do governo para o Brasil atingir a soberania digital, como um dos pilares de desenvolvimento do país.
Entre as estratégias, Luciana destacou o papel do BRICS na Ciência e na Tecnologia, citando projetos de pesquisa conjuntos e a prioridade dada à inteligência artificial, mencionou os acordos bilaterais com o Vietnã e a China no desenvolvimento de semicondutores e satélites, a criação de centros de competência em Inteligência Artificial, e a importância de uma nuvem soberana de dados para o Brasil, com a construção, por exemplo, do cabo submarino Sul-Sul.
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Ciência e Tecnologia no centro do BRICS e de acordos bilaterais
“Há 10 anos atrás foi feito o primeiro memorando do BRICS na parte de Ciência, Tecnologia e Inovação. Nesse período todo, para além do interesse e das convergências, nós temos atitudes concretas: temos, conjuntamente, financiados 157 projetos, chamadas públicas, que possibilitaram que 6.000 pesquisadores e pesquisadoras fizessem pesquisa em rede”, citou Luciana.
Segundo a ministra, as áreas de cooperação do BRICS incluem ciências oceânicas, fotônica, desastres naturais e inteligência artificial (IA), que foi eleita como pauta prioritária este ano, com propostas, por exemplo, de levar a digitalização para sociedades mais pobres.
O satélite geoestacionário que irá ranquear o Brasil entre 10 países do mundo
Além disso, a ministra falou sobre outros dois acordos firmados pelo presidente Lula com parceiros internacionais: com o Vietnã, um acordo para desenvolver áreas de semicondutores e inteligência artificial, visando compartilhar expertise e diminuir a curva de aprendizado do Brasil, como na formação de engenheiros de software; e com a China, um grande acordo que prevê a criação de um centro binacional de transferência tecnológica de inteligência artificial e o desenvolvimento do satélite CBERS 5.
“Não é compra tecnológica, não é transferência, é desenvolvimento comum. O CBERS 5 é o primeiro satélite brasileiro geoestacionário que vai ter um papel muito importante para a gente vai partilhar dados, e a gente disponibilizou para os países do BRICs, e isso vai otimizar a curácia da previsão de tempo, de política urbana, de agropecuária e vai nos colocar entre os 10 países do mundo, do seleto grupo de países que dominam essa tecnologia.”
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