O governo brasileiro trabalha para resolver a tarifação com os Estados Unidos antes de 1º de agosto, data anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump para começar a cobrar a tarifa de 50% sobre itens originários do Brasil.
“Pudemos ouvir o setor produtivo e reiterar o compromisso com o diálogo, que é o compromisso do presidente Lula, para trabalharmos juntos e reverter este quadro. Houve uma colocação aqui de que o prazo é exíguo, pedindo um prazo maior. Mas a ideia do governo é procurar resolver até o dia 31 de julho”, ressaltou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.
O vice-presidente reiterou que a questão tarifária é “equivocada”, lembrando que o Brasil tem déficit na balança comercial com os Estados Unidos, enquanto os EUA possui superávit comercial com o Brasil há 15 anos – “foram mais de US$ 400 bilhões de superávit na balança comercial, então não tem o menor sentido você ter uma tarifa totalmente despropositada. A ideia, o trabalho é reverter isso”, pontuou Alckmin.
O ministro e outras autoridades participaram de duas reuniões com representantes da indústria e da agropecuária para discutir a taxação norte-americana às exportações brasileiras.
Os encontros aconteceram no âmbito Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, criado por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para responder à aplicação de medidas tarifárias unilaterais, por países ou blocos econômicos, prejudiciais ao Brasil.
As reuniões com o setor produtivo continuarão ao longo da semana, com encontros programados com outros segmentos e entidades representativas dos empresários e dos trabalhadores, além de encontros com representantes do empresariado norte-americano, a Amcham – Câmara Americana de Comércio para o Brasil.