A atividade econômica brasileira perdeu fôlego em maio, interrompendo um ciclo de crescimento que vinha sendo notado desde o início do ano. É o que mostra o Banco Central, que, nesta segunda-feira 14, divulgou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a ‘prévia do PIB‘. 

Segundo o órgão, o índice registrou queda de 0,74% em maio quando comparado ao mês anterior. Em abril, por outro lado, o indicador havia mostrado expansão de 0,05% – número que foi revisado para baixo em relação ao dado inicialmente divulgado de 0,16%.

Antes, o IBC-Br registrou altas de 1,44% (janeiro), 0,60% (fevereiro) e 0,61% (abril). Assim, no trimestre finalizado em maio, o IBC-Br acumulou alta de 1,28% em relação ao trimestre anterior.

O desempenho econômico do País é visto com mais otimismo quando se observa um período mais alargado. No acumulado dos últimos doze meses – tendo maio como referência –, a expansão foi de 4%, segundo números não dessazonalizados do BC. 

O setor agropecuário foi o principal responsável pela contração observada em maio. O IBC-Br da agropecuária caiu expressivos 4,2% na comparação mensal.

A indústria também contribuiu para o cenário de retração, com o IBC-Br industrial recuando 0,5% no período. Já o setor de serviços permaneceu praticamente estagnado, sem apresentar variação significativa.

O que diferencia o PIB do IBC-Br

Embora sirva como ‘prévia do PIB’, o IBC-Br não espelha, diretamente, o principal indicador da economia brasileira. A diferença fundamental é que o IBC-Br, diferentemente do PIB, não leva em consideração o lado da demanda, a exemplo do consumo das famílias, dos investimentos do governo e mesmo das exportações.

Entretanto, o IBC-Br tem um peso importante no processo de cálculo da taxa básica de juros no País, a Selic, que atualmente está em 15% ao ano.

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Last Update: 14/07/2025