Dia 14: Servidores públicos realizam protesto contra a Reforma Administrativa e o Arcabouço Fiscal

Os servidores públicos terão mais um importante dia de luta em defesa do serviço público gratuito e de qualidade à população brasileira. Na segunda (14), ocorre o Dia Nacional de Mobilização contra a Reforma Administrativa.

Na data, será apresentado em Brasília, o relatório do Grupo de Trabalho (GT) da Reforma Administrativa, criado em articulação entre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos) e o governo Lula.

Na capital federal, haverá um protesto com a participação de diferentes entidades do funcionalismo, incluindo a CSP-Conlutas, com a concentração ocorrendo pela manhã, em frente ao Anexo II, da Câmara.

A atividade faz parte de uma jornada de luta do funcionalismo contra os ataques destinados aos servidores e à população, uma vez que esta é a principal afetada com a precarização e o desinvestimento em áreas fundamentais, como Saúde e Educação.

Em diversos pontos, a Reforma Administrativa de hoje resgata a PEC 32, do governo Bolsonaro. Ataques à estabilidade, contratações temporárias e brechas para a privatização são alguns deles.

A CSP-Conlutas também alerta para o fato de que o governo federal já tem aplicado uma espécie de Reforma Administrativa “a conta gotas” e por fora do texto elaborado pelo GT, alvo do dia de manifestações pelo país.

Votação pode ser em 2025

Na audiência do GT da Reforma Administrativa, na quarta-feira (9). O relator deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), afirmou que pretende apresentar seu relatório na próxima semana, o que permitiria a Motta levar o projeto à votação ainda neste ano.

Essa movimentação chama a atenção para o fato de que a Reforma Administrativa continua sendo tratada como prioridade pela base aliada do governo Lula no Congresso. Embora haja resistências pontuais no PT e em partidos de esquerda.

Na terça (8), foi realizado o Seminário Nacional em defesa do Serviço Público, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Entidades filiadas à nossa Central, como o Sindsef, marcaram presença.

Arcabouço fiscal é vilão

A luta contra as mudanças na lei do funcionalismo e os ataques aos direitos dos servidores não pode ser vista como algo separado da batalha que é preciso travar contra o Arcabouço Fiscal, criado pela equipe econômica de Lula.

Esta política limita o investimento de gastos públicos unicamente para que seja possível garantir o pagamento de uma fraudulenta dívida pública. Trata-se de um mecanismo que transfere dinheiro público direto para o bolso de grandes empresários.

A própria Reforma Administrativa tem esse viés, ou seja, a implementação desta visa economizar verbas para garantir o funcionamento do arcabouço. Por isso, é fundamental que os trabalhadores lutem de forma independente do governo.

Vamos à luta!

Para barrar os ataques articulados pelo Centrão, a direita e o governo Lula só há uma alternativa aos trabalhadores: a luta de forma independente e classista. A CSP-Conlutas defende a autonomia da classe trabalhadora diante de qualquer governo ou patrão.

Neste momento crucial para defender um serviço público gratuito e de qualidade é preciso ir na raiz dos problemas, ao contrário do que fazem as entidades dos trabalhadores alinhadas com o governo. Por isso, no dia 14, vamos a luta contra o GT da Reforma Administrativa, mas também contra o Arcabouço Fiscal.

Artigo Anterior

Brasileiros invadem perfil da mulher de Trump para protestar contra tarifaço

Próximo Artigo

Técnicos do TCU veem indício de irregularidade em viagem de Eduardo Bolsonaro aos EUA

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter por e-mail para receber as últimas publicações diretamente na sua caixa de entrada.
Não enviaremos spam!