O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou em sua plataforma Truth Social que todas as taxas impostas sobre os parceiros comerciais começarão a ser efetivamente cobradas em 1º de agosto, sem exceção.

Como explica o jornal britânico The Guardian, as últimas cartas tarifárias enviadas pelo norte-americano ao longo da última semana levaram observadores a afirmarem que Trump parecia canalizar o espírito de seu “Libertation Day”, prometendo taxas punitivas a países que “saquearam e abusaram” dos Estados Unidos.

Entre essas taxas, incluem as cobranças de 50% sobre o Brasil, 35% sobre o Canadá e 30% sobre o Sri Lanka, entre outros mercados. Assim como aconteceu em abril, Trump usou questões além do comércio para justificar a cobrança – como o suposto tráfico de fentanil do Canadá e o tratamento recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Brasil.

Enquanto isso, o dólar norte-americano registrou seu pior primeiro semestre em 50 anos, e existem poucas evidências de um impacto favorável sobre a economia dos Estados Unidos – a começar pelos dados de emprego divulgados na última semana, que ficaram acima das expectativas.

Economistas destacam a resiliência dos dados até o momento, e um fator importante pode ser a antecipação de posição das empresas, que tentam adiantar suas operações e acabam aumentando a atividade.

Ao mesmo tempo, o fato de que uma fraqueza nos dados ainda não foi vista não quer dizer que ela não irá acontecer, e é preciso ter em vista o impacto das tarifas sobre a inflação do país e o chamado custo da incerteza em torno dessas tarifas, em um quadro que deve seguir instável por tempo indeterminado.

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Last Update: 11/07/2025