Os Estados Unidos não podem aplicar taxas como “ferramenta de coerção, intimidação ou interferência”, afirmou o governo da China, em comunicado nesta sexta-feira (11).

A posição foi feita pelo Ministério das Relações Exteriores da China, em meio à repercussão do tarifaço de 50% dos Estados Unidos de importação dos produtos brasileiros, a mais alta já aplicada nas tarifas de Donald Trump entre todos os países.

“As tarifas não devem ser uma ferramenta de coerção, intimidação ou interferência”, afirmou a porta-voz das Relações Exteriores do governo chinês, Mao Ning, ao ser questionada por uma repórter sobre a recente decisão dos EUA.

“A igualdade soberana e a não interferência em assuntos internos são princípios importantes da Carta das Nações Unidas e normas básicas nas relações internacionais”, completou.

Ainda no começo desta semana, diante das expectativas de uma nova rodada de taxação e coerções por Trump, a representante havia afirmado que, para a China, “não há vencedores em uma guerra comercial ou tarifária” e que “o protecionismo prejudica os interesses de todos”.

A China é um importante aliado de relações comercial internacional e diplomáticas do Brasil. Desde a decisão de Trump, nesta quarta-feira, os ministros de Lula vêm buscando junto ao país estratégias de novas aproximações. Assim já havia se manifestado o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

“Estamos trabalhando juntos para ampliar as ações que já vínhamos realizando nestes dois anos e meio de governo do Presidente Lula: ampliar mercados, reduzir barreiras comerciais e gerar oportunidades de crescimento para a agricultura brasileira”, disse Carlos Fávaro.

“Neste momento, vou reforçar essas ações, buscando os mercados mais importantes do Oriente Médio, do Sul Asiático e do Sul Global, que têm grande potencial consumidor e podem ser uma alternativa para as exportações brasileiras”, completou.

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Last Update: 11/07/2025