A direção do Banco da Amazônia (Basa) mantém sua ofensiva reacionária contra os seus funcionários. Desta vez, o banco se mantém na passividade e tenta, dessa forma, inviabilizar o plano de saúde Casf Saúde ao não renovar o contrato com a corretora responsável.

Depois do mais recente ataque aos trabalhadores, com a tentativa de jogar na rua cerca de 600 funcionários mais antigos do banco, com mais de 50 anos de idade, por meio dos famigerados Planos de Demissões Incentivadas (PDI), agora a direção do banco descumpre os compromissos da campanha salarial de 2024 e não retoma as negociações para a implementação de melhorias no Programa Saúde Amazônia e do acordado Plano de Cargos e Salários (PCCS).

Para o Sindicato dos Bancários do Pará, o presidente do Basa, Luiz Lessa, “segue descumprindo compromissos da campanha salarial de 2024, como a retomada das mesas permanentes de negociação e a implementação de melhorias no Programa Saúde Amazônia e do prometido PCCS. Em vez de diálogo, o que se vê é autoritarismo, omissão e ataques aos direitos básicos de quem constrói o Basa todos os dias”. (Site Bancários PA, 18/06/2025)

“35% dos empregados do banco não têm plano de saúde. A Casf Corretora garantiu, com o subsídio de R$ 500, que muita gente tivesse acesso. O banco quer romper isso sem propor alternativa. É inaceitável!”, informa o coordenador da COE do banco e diretor jurídico do Sindicato, Cristiano Moreno. (Ibidem)

Conforme este Diário vem, sistematicamente, denunciando, o que está por trás dos diversos ataques aos trabalhadores e ao patrimônio do povo da região amazônica — o Basa é uma instituição financeira federal de fomento, com a missão de promover o desenvolvimento da região — é a tentativa de sua privatização e, para isso, é necessário dar fim a uma das conquistas mais importantes dos trabalhadores, que é o seu plano de saúde, entregando a empresa mais “enxuta” para os capitalistas.

O seu atual presidente, Luiz Cláudio Moreira Lessa — um afilhado político do atual presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) — possui um currículo com longa trajetória de atuação na política neoliberal: tem passagens por instituições financeiras como liderança e atuou em áreas de negócios de Varejo Bancário, Crédito, Fusões e Aquisições. Atuou ainda como conselheiro de administração em empresas de energia, como Rio Grande Energia, Celpe (ex-estatal de Pernambuco, hoje Neoenergia), Coelba (ex-estatal baiana, hoje Neoenergia) e Neoenergia (subsidiária do grupo espanhol Iberdrola).

É necessário que os trabalhadores barrem mais esse ataque da direção reacionária do Basa e, por meio de suas organizações de luta, preparem uma ampla campanha de mobilização que unifique os bancários e os trabalhadores contra os ataques dos patrões às empresas estatais, que são patrimônio do povo brasileiro.

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Last Update: 09/07/2025