O prefeito afastado de Palmas (TO), Eduardo Siqueira Campos (Podemos), passou por um cateterismo depois de sofrer um infarto do miocárdio. Ele sentiu dores no peito no quartel do Comando Geral da Polícia Militar de Tocantins, onde estava preso desde o último dia 27 de junho, acusado de participação em um esquema de vazamento e informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Depois de sentir dores, Siqueira Campos, de 66 anos, foi levado pelo SAMU ao Hospital Geral de Palmas, administrado pela Secretaria de Estado da Saúde. A equipe médica decidiu realizar um cateterismo de emergência. Durante o procedimento, foi identificada obstrução na coronária – a principal artéria do coração. Um stent foi implantado.

“O procedimento transcorreu com sucesso, sem intercorrências. No momento, o paciente encontra-se estável, consciente, hemodinamicamente compensado, e permanece em observação na unidade hospitalar, sob os cuidados da equipe multidisciplinar de clínica médica e cardiologia”, informou a Secretaria de Estado da Saúde, em nota.

Prisão

Siqueira Campos foi preso pela Polícia Federal (PF) em desdobramento da Operação Sisamnes, que investiga a venda de sentenças do STJ. Ele foi identificado em conversas sobre o vazamento de informações de inquéritos do tribunal. Segundo as investigações, ele afirmou ter recebido informações de um ministro do STJ antes de uma operação ser deflagrada.

Na ocasião da prisão, o prefeito informou, em nota, que “recebeu a decisão com serenidade” e disse que iria “colaborar prontamente com os trabalhos”.

Quem é Eduardo Siqueira Campos

Eleito em 2024, Eduardo Siqueira Campos voltou à prefeitura de Palmas após 28 anos. Ele foi o segundo prefeito da cidade, entre 1993 e 1997 (fundada em 1989, é a capital mais jovem do Brasil) – o primeiro eleito por sufrágio universal. Além de prefeito, também foi deputado estadual, deputado federal e senador por Tocantins.

É herdeiro político do pai, José Wilson Ferreira Campos, o primeiro governador do Tocantins (e eleito para mais três mandatos). Durante a passagem do pai pelo governo, Eduardo ocupou os cargos de secretário de Planejamento e secretário de Relações Institucionais.

Quando secretário, foi denunciado em operações da Polícia Federal que investigaram supostos esquemas de superfaturamento em obras públicas do governo estadual e do Detran de Tocantins. Sempre negou as acusações e nunca chegou a ser condenado.

Nas eleições de 2024, ele teve apoio de uma “frente ampla” contou ainda com figuras como o então presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); o ministro do Esporte, Andé Fufuca; e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que participaram juntos de evento de campanha às vésperas do segundo turno.

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Last Update: 08/07/2025