A briga pública entre Renan Calheiros e Arthur Lira voltou à cena jurídica, mas deve terminar em nada. Lira acionou o Supremo Tribunal Federal com uma queixa-crime contra o senador por calúnia e difamação, após ser acusado de “privatizar Maceió”, “lavar dinheiro com prefeituras” e “se beneficiar do orçamento secreto”. Calheiros alegou imunidade parlamentar e que suas falas tinham cunho político. Nesta semana, o procurador-geral Paulo Gonet concordou com o argumento e considerou que as declarações, ainda que duras, são protegidas pela Constituição por se darem no campo da atividade política. O relator da ação é o ministro André Mendonça. Com o parecer da Procuradoria-Geral da República pela rejeição da queixa, o episódio revela mais um embate de egos travado sob o guarda-chuva do foro privilegiado. Um conflito que desgasta a já tensa relação entre Legislativo e Judiciário, mas que dificilmente produzirá consequências jurídicas. (Foto/reprodução internet)
