A cantora Dorina apresenta, ao completar 30 anos de carreira, seu 11° álbum, com samba na veia. O disco tem a base do samba tradicional, com violão, cavaco e percussão.
É Samba tem nove faixas, entre releituras e inéditas, sob a direção musical de Paulão Sete Cordas.
O disco começa com Pato Novo, uma inédita de Aldir Blanc em parceria com Ratinho e Abel Silva. Na letra, o humor fino e gingado do inesquecível Aldir. Depois, vem a também inédita Caso Encerrado (Luciano Bom Cabelo, Binho Sá e Júnior Dom), sobre superação no amor.
A seguir, destaque para a releitura de É Vida que Segue (Por Que Não?), de Serginho Meriti, Rodrigo Leite e Cocão, sobre a necessidade de resiliência para quem vem de baixo.
A sambista regravou também Centro do Coração, outra da safra de Aldir Blanc — assinada com Moacyr Luz e Vitor Martins —, com descrições do cotidiano na cidade do Rio de Janeiro.
Na faixa cinco, inédita, uma composição típica de Luiz Antônio Simas (que assina a canção com Suriel), com referências afro, intitulada Força do Samba.
Em Cura de Vó (Ana Costa e Manu da Cuíca), também inédita, um samba cadenciado. A sambista regravou na faixa sete Tempo Velho, do paulista Douglas Germano, um sambista sofisticado em letra e melodia.
O penúltimo samba, inédito, é Sabor da Bahia (André Cabeça), um bom giro pela culinária do Nordeste. O disco termina com a releitura de Copa Camelô e uma geografia da cidade, assinada por Marquinhos de Oswaldo Cruz e Rogério Lessa — craques nessa temática.
Paulão Sete Cordas usou trombone do talentoso Marlon Sette nas faixas um e seis. Contudo, marcam o disco violões (seis e sete), cavaquinho e percussão: cuíca, surdo, tamborim, pandeiro, ganzá, prato, tantan, congas, caxixi, agogô, guizos, timba, rebolo, caixa, repinique e reco-reco. É Samba, como diz o título do álbum.