Na terça-feira (2), a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, presidida pela deputada Ana Pimentel (PT-MG), anunciou que acionará a Corregedoria da Casa contra parlamentares que teriam criticado Marina Silva (Rede), ministra do Meio Ambiente, durante audiência pública. A iniciativa, apresentada como uma defesa das mulheres, escancara o uso oportunista do identitarismo para proteger a política de submissão nacional comandada por Marina em nome do imperialismo.
Embora tenha sido alvo de críticas de setores bolsonaristas, a ministra é, na realidade, peça central na tentativa de impedir que o Brasil explore suas próprias riquezas, como o petróleo da Margem Equatorial. Por trás da suposta defesa de sua honra, esconde-se a defesa da política de sabotagem contra o País, grandes petroleiras estrangeiras e dos banqueiros internacionais.
A Câmara dos Deputados, que tem sistematicamente atacado os direitos das mulheres — inclusive o direito ao aborto legal —, jamais demonstrou qualquer compromisso com sua defesa. O caso expõe como o identitarismo é um instrumento da direita e da esquerda pequeno-burguesa para justificar alianças com figuras como Marina Silva, cuja política vai frontalmente contra os interesses da classe trabalhadora e da soberania nacional.
Enquanto isso, a própria Secretaria da Mulher se omite diante da política reacionária imposta às brasileiras, ao passo que corre em defesa de uma ministra que atua para manter o País amarrado aos interesses do imperialismo.