Senadores do PT reforçam apoio ao fim da escala 6 por 1

Senadores do PT se manifestaram em defesa da ampliação do debate e pela aprovação da proposta de fim da escala 6×1 sem redução salarial. Nesta semana, pesquisa Quaest apontou que 70% dos deputados são contra o fim da escala 6×1.

Dentre as propostas de redução da jornada, em análise pelo Congresso Nacional, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 148/2015) aguarda a inclusão na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A proposição, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), relatada pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), propõe a jornada de trabalho de 36 horas semanais.

Em debate realizado pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), em maio, por iniciativa de Paim, o senador relatou que diversos países têm colhido frutos com a redução da jornada.

A Islândia, por exemplo, adotou uma jornada de quatro dias semanais e registrou um crescimento econômico de 5%. Ainda segundo Paim, mais da metade da população ativa da Islândia passou a trabalhar menos horas sem perder renda.

Outro exemplo citado pelo senador foi o da Alemanha. Naquele país, empresas que testavam a semana de quatro dias com o modelo 100/80/100 – 100% salário, 80% da carga horária e 100% de desempenho – mantiveram a prática, após observarem aumento de produtividade e redução de custos, devido à alta rotatividade que tinham antes.

Mito de que redução da jornada gera desemprego foi derrubado pela própria história, argumenta Paim

O senador criticou a posição dos deputados registrada pelo levantamento da Quaest.

“Isso mostra a força do poder econômico. Eles defendem a manutenção dos privilégios, o fim dos direitos trabalhistas, a desigualdade social e a concentração de renda. Quem ali defende os pobres e a classe média? Enquanto poucos lucram, o povo paga a conta. Afinal, que Congresso você quer?”, questionou o senador.

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, afirmou que o dado coletado pelo instituto demonstra a indisposição da maioria dos deputados em garantir o bem-estar da população mais pobre do país.

“Isso revela que eles não têm compromisso com os mais vulneráveis — e reforça a tese de que atuam, prioritariamente, em defesa dos interesses dos mais ricos. É um claro indicativo de que o Congresso, ou pelo menos parte significativa dele, está a serviço dos mais ricos, e não da prosperidade e do bem-estar do povo mais pobre”, apontou.

Já o presidente do PT, senador Humberto Costa (PE), usou as redes sociais para ressaltar que a escala 6×1 significa a “espoliação desumana do trabalhador”.

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