
Edward Kelley, que participou da invasão ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021, foi condenado à prisão perpétua nesta quarta-feira (2) por conspirar para matar agentes do FBI. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, ele também foi condenado por solicitação para cometer crime de violência e por tentar influenciar funcionários federais por meio de ameaças.
De acordo com os promotores, Kelley planejava um ataque ao escritório do FBI em Knoxville, no Tennessee, junto com Austin Carter, seu co-réu no caso. O plano incluía o uso de carros-bomba e drones com dispositivos incendiários. Em uma das gravações, Kelley foi flagrado dizendo que “destruiria o escritório deles” se fosse preso.
As autoridades afirmaram ainda que Kelley elaborou uma lista de agentes federais que deveriam ser mortos, além de discutir ataques diretos contra funcionários do FBI em suas casas ou em locais públicos. Carter se declarou culpado no caso e deve ser sentenciado em agosto.
Além desse caso, Kelley também foi condenado por agredir policiais durante a invasão ao Capitólio. Essa acusação, no entanto, foi arquivada em janeiro como parte da anistia concedida pelo ex-presidente Donald Trump a quase 1.600 envolvidos no ataque.

Kelley tentou estender o perdão presidencial ao caso do Tennessee, argumentando que sua conduta estava ligada aos eventos de 6 de janeiro. O Departamento de Justiça, já sob nova gestão de Trump, rejeitou o argumento, e o juiz responsável pelo caso também recusou a aplicação da clemência.
O ataque ao Capitólio foi uma tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de 2020. Apesar de condenações em massa e investigações em andamento, episódios como o de Kelley demonstram a continuidade de ameaças envolvendo extremistas ligados àquela ação violenta.