Após deixar para trás a federação que mantinha com o PSDB, o Cidadania acertou com o PSB a formação de uma nova aliança. Comte Bittencourt (Cidadania) e João Campos (PSB), presidentes dos partidos, se encontraram nesta quarta-feira 2 para selar o acordo.
“É a nossa primeira conversa após a decisão unânime da Executiva Nacional do Cidadania de iniciar o entendimento entre os dois partidos. Esse diálogo marca mais um passo importante na consolidação de uma frente democrática ampla, capaz de agregar ideias, respeitar diferenças e apontar soluções reais para os desafios do nosso País”, disse Campos.
Para prosperar, o acerto ainda precisa vencer as travas burocráticas. Além disso, no âmbito nacional, os partidos terão que entrar em um consenso em relação ao apoio a Lula (PT). Com uma cadeira na vice-presidência, o PSB deve seguir o que fez em 2022 e apoiar o PT, diferentemente do Cidadania, que ficou ao lado de Simone Tebet (MDB).
O Cidadania, apesar de ter decidido romper com o PSDB em março deste ano, ainda está vinculado ao partido. A separação deve começar a valer em maio de 2026, já que a legislação determina que partidos unidos via federação partidária devem permanecer juntos por, no mínimo, quatro anos.
O descumprimento da regra pode levar um partido a ser impedido de entrar em novas federações e formar coligações em eleições majoritárias, além do bloqueio de repasses do fundo partidário. Para driblar a norma, a legenda está buscando aval do Tribunal Superior Eleitoral.